“Não há solução milagrosa”. Assim o psiquiatra Deivisson Vianna Dantas dos Santos resumiu o tratamento de pessoas portadoras de transtornos mentais. Ele defende como a melhor solução para o tratamento das urgências e transtornos da saúde mental, a estruturação de uma rede de atendimento. Ele fala com a experiência de quem desde 2003 atua na saúde pública do município de Campinas. Atualmente ele coordena a Saúde Mental do Hospital Público Ouro Verde naquele município. A palestra foi proferida na tarde de hoje (11/11), no Plenário da Câmara, por iniciativa do vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), durante o I Seminário sobre “Saúde Mental”.

A palestra do psiquiatra lotou o Plenário da Câmara, que ficou pequeno para abrigar as mais de cem pessoas, na sua maioria profissionais da área da saúde, que compareceram para ouvir o profissional abordar o tema: “Urgência e Emergência na Saúde Mental”. O evento teve transmissão, ao vivo, da TV Câmara (Canal 08 da NET) e pela Internet, via site da Câmara (www.camarapiracicaba.sp.gov.br) .

Piracicaba, como toda cidade de seu porte, tem vários dependentes químicos, alcoólatras e outros portadores de transtornos mentais, mas não conta com um serviço de saúde devidamente estruturado em rede para atendimento dessas pessoas. “Faltam ferramentas indispensáveis pra que profissionais da saúde do município possam realizar um bom trabalho. Buscamos novas alternativas para otimizar o atendimento às pessoas com transtornos mentais”, afirmou o vereador Paiva (PT) na abertura do evento.

Rede de Saúde Mental 

O médico Deivisson abriu sua palestra abordando a necessidade de construção de uma rede de saúde mental. “O governo federal induz, mas cabe ao município fazer”, afirmou ele antes de defender que todo município, independente do seu número de habitantes, implante uma rede mínima de atendimento. Lembrando que o município que monta o atendimento consegue financiamento com repasse de verbas do governo federal.

A cidade de Campinas conta com uma rede completa de atendimento, inclusive com  seis Centros de Atenção Psicossocial III (CAP´s), com oito vagas cada um para internação. Após a palestra, os presentes fizeram fizeram perguntas ao psiquiatra que atua em um serviço que é considerado referência no atendimento em rede aos portadores de transtornos mentais.

Texto: Vitor Ribeiro Mtb 21.208

Fotos: Gustavo Annunciato Mtb 58.557