O vereador Bruno Prata (PSDB) usou a tribuna, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (8), para destacar a estrutura de Piracicaba na educação e na saúde. Ele comparou números atuais com a situação verificada na cidade no início da década passada.

Prata comunicou que a Prefeitura deve dar início, até o final deste mês, às obras de uma nova escola de ensino fundamental na Vila Rezende, que vai substituir a última escola feita de madeira existente na cidade, localizada na avenida Osvaldo Cruz. Por anos, esta foi a saída encontrada pelas administrações municipais para contornar a falta de vagas para alunos da rede pública.

"Em 1993, havia em Piracicaba uma demanda reprimida no ensino fundamental. [Antonio Carlos de Mendes] Thame assumiu a Prefeitura tendo Barjas Negri como secretário de Planejamento e Humberto de Campos como secretário de Educação. Como não tinha vaga para todos e os recursos eram parcos, surgiu a ideia de construir várias escolas de madeira", disse Prata, recordando que a iniciativa só saiu do papel graças a uma parceria firmada com a empresa Caterpillar, que doou a matéria-prima para que se fizessem ao menos oito escolas de madeira na cidade. A solução adotada na época fez com que, em 1995, o município registrasse pela primeira vez na história déficit zero de vagas no ensino fundamental.

Com inauguração prevista para 2013, a nova escola na Vila Rezende ocupará o terreno onde hoje funciona o varejão do bairro. De acordo com Prata, o projeto prevê que o prédio terá dois andares, com a parte administrativa e o refeitório no térreo e quatro salas no piso superior. "A escola de madeira vai deixar de existir. Será uma lembrança de um tempo em que Piracicaba começou a deslanchar e a ver a educação como prioridade, numa época em que era necessário zerar o déficit educacional", afirmou o vereador.

Prata também mencionou fatos da década passada ao elogiar a atual estrutura da rede pública de saúde em Piracicaba. De acordo com o parlamentar, o município contava, no início do governo Mendes Thame, em 1993, com apenas um pronto-socorro para 302 mil habitantes, número que, no último ano da gestão do hoje deputado federal, subiu para quatro. "Esses prontos-socorros foram reformados e hoje são mini-hospitais, de primeiro mundo. Ainda são insuficientes, mas são bem instalados, com todos os equipamentos necessários", disse Prata.

O vereador ainda destacou as 27 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as 34 USFs (Unidades de Saúde da Família) existentes em Piracicaba, responsáveis por realizar, em 2010, 222.575 atendimentos. A esse número, segundo Prata, somam-se outras 430.486 consultas registradas no ano passado nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento). "É uma rede de saúde de fazer inveja a todos. Tenho visitado os prontos-socorros, e o atendimento que se presta é o mesmo que o hospital ia fazer. É uma rede de saúde exemplar que temos em Piracicaba, olhando pelo lado quantitativo", disse o vereador.

Prata ainda elogiou o volume de remédios atualmente oferecidos pela farmácia municipal, cujo depósito, onde antes "dava para jogar futebol dentro", hoje "não tem mais espaço". "Temos um balcão duas vezes maior, lotado de suprimentos, não faltando nada para o bom atendimento", observou o parlamentar, que ponderou que os investimentos ainda são menores que o desejado.

"Evidentemente há muita coisa a fazer. Não dá para contemplar tudo", disse. "Política é a arte de administrar a escassez. Todo político que se preze gostaria de que não houvesse déficit na escola, na saúde. Obviamente isso não é possível: os recursos não são muitos para a realização de tantas coisas que a comunidade precisa", concluiu.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946