O vereador João Manoel dos Santos (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, destacou a importância da nova ponte do Canal Torto, inaugurada no sábado, dia 26, como “a antecipação do anel viário de Piracicaba”, cuja primeira etapa ainda está sendo construída. “Quando se fala em desviar caminhões da malha urbana, está dentro do espírito do Contorno de Piracicaba”, disse João Manoel, ao lembrar que a previsão é que a via desvie 80 por cento dos caminhões da zona rural da cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema), passará pela ponte cerca de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, 12 mil carretas por ano de areia oriundas de uma mineradora do Tanquã, 40 mil toneladas de laranja, 300 mil metros cúbicos de eucalipto, 40 caminhões por dia de transporte de água mineral, 60 mil cabeças de gado, 10 mil toneladas de melancia e cerca de quatro mil carneiros. “É uma quantidade exponencial de alimentos e produtos”, diz João Manoel.

A solenidade contou com a participação de outros quatro vereadores, Márcia Pacheco (PSDB), Dirceu Silva (PPS), José Aparecido Longatto (PSDB) e Bruno Prata (PSDB), além do prefeito Barjas Negri, de diversos secretários municipais, do deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame e do deputado estadual Roberto Morais.

ESTRUTURA – As obras da ponte do Canal Torto foram iniciadas em maio de 2010 e somente finalizadas na última semana, ao custo de R$ 7,5 milhões, divididos entre R$ 3,5 milhões (Governo do Estado), R$ 2,5 (Raízen) e R$ 1,5 milhão (Prefeitura de Piracicaba). A via tem 224 metros de distância e, segundo representantes do bairro de Ártemis, era uma reivindicação de mais de 30 anos. “Inclusive, já chegaram a começar a obra, em 1986, mas foi paralisada no ano seguinte e abandonada”, disse Sérgio Nunes, presidente do Centro Comunitário de Artemis.

HOMENAGEM – A denominação da ponte Lalita Maria Elias Sierra foi uma proposta da vereadora Márcia Pacheco (PSDB), em homenagem à jovem falecida em 1980, aos 18 anos, devido a problemas de má formação dos rins. “Lalita foi um espírito iluminado e faço essa homenagem à sua memória e à sua família, moradores desta região”, disse Márcia Pacheco, durante a inauguração. “Sabendo que iria morrer, Lalita doou suas córneas, tendo uma consciência impressionante sobre sua missão na terra”, disse Márcia, que entregou homenagem aos familiares da jovem.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Fotos: Davi Negri MTb 20.499