Não é a primeira vez que o transporte público toma a pauta emergencial do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) este ano. Depois de manifestar-se, em fevereiro, contra o reajuste das passagens dos ônibus, a entidade reúne-se novamente para discutir os prejuízos e os riscos que a crise no transporte urbano traz a classe trabalhadora. Vice-presidente da entidade, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) manifestou sua preocupação quanto aos riscos às diversas categorias trabalhadoras.

Representando mais de 29 sindicatos e uma base de 200 mil trabalhadores, o Conespi quer tratar da segurança física e social, já que as reclamações sobre riscos de perda de emprego se acumulam nos sindicatos associados. Paiva conversou inicialmente com o presidente do Conselho, Fânio Luis Gomes, e com diretores da entidade hoje pela manhã.

Os relatos vão desde a impossibilidade de chegar ao trabalho, quanto ao risco aos que trabalham à noite e que não dispõem de transporte público para retornarem em segurança às suas famílias. “Os ônibus dispostos também não estão trazendo tranquilidade aos trabalhadores, inclusive aos motoristas, que estão amedrontados e apreensivos quanto às medidas anunciadas via imprensa”, explicou.

Paiva disse ainda que a reunião deve servir para aglutinar as opiniões dos sindicatos do Conespi, retirando uma decisão sobre como o Conselho deverá agir, interpelar e contribuir com o poder público para buscar a solução do conflito. “É um momento delicado em que não podemos nos excluir das discussões. Nossos trabalhadores estão amedrontados e com razão”, finalizou.

A reunião do Conespi acontece na sede no Sindicato dos Bancários de Piracicaba (Sindban), à rua XV de Novembro, 549, no Centro, às 8h. Após a reunião, os sindicalistas estarão disponíveis para atender à imprensa e transmitir as decisões.