O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) criticou a decisão do prefeito Barjas Negri em definir a padronização dos taxis, em Piracicaba, a partir de um decreto municipal, sem discutir principalmente com a categoria profissional diretamente atingida pela regulamentação. “A decisão foi do prefeito, dos seus secretários e assessores (...) alguém falhou em não discutir com os principais envolvidos (...). Não se toma uma decisão como esta sem, pelo menos, ouvir os envolvidos e, pelo que consta, não houve discussão preliminar”, disse o vereador no seu Boletim Informativo 210, publicado nesta semana.

Paiva enumera diversas propostas para mudança do decreto municipal e lembra da edição da lei Cidade Limpa, a qual foi amplamente discutida pela sociedade e os comerciantes tiveram tempo hábil para adequarem-se às mudanças. “A lei da Cidade Limpa não foi implementada por decreto e a sua discussão foi ampla”, disse, sugerindo que a vigência do decreto, ao invés de ser a partir de 1 de fevereiro, apenas ocorra em julho deste ano.

Além disso, o vereador sugere mudanças quanto às especificações determinadas pela Prefeitura. Ao invés da cor prata, eliminar a exigência, assim como autorizar os veículos com motor 1.0 (o decreto estabelece mínimo de 1.6) e ampliar o tempo de uso de cinco para 10 anos. Também sugere excluir a obrigatoriedade da adesivagem como ‘táxi’ e ‘cidade de Piracicaba’, e determinar as faixas nas cores azul e verde, eliminando a combinação azul e amarela, o que causou polêmica por ser idêntica às cores do partido do prefeito, o PSDB.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946