
06 DE MARÇO DE 2020
Roda de conversa abordou a conscientização de mulheres vítimas de violência e também a conscientização de homens agressores
Roda de conversa abordou a conscientização da mulher vítima de violência
A coordenadora do Cram (Centro de Referência de Atendimento da Mulher), Vanessa Rossatto, e a promotora de justiça aposentada Maria Christina Marton de Freitas, participaram da roda de conversa sobre os dois anos de criação do grupo de trabalho da Rede de Atendimento e Proteção à Mulher. No evento, elas falaram sobre a importância da Rede no atendimento às mulheres vítimas de violência e sobre o trabalho de conscientização realizado com as mulheres e com os agressores.
A roda de conversa, realizada nesta terça-feira (3), também teve a participação das vereadoras Nancy Thame (PSDB) e Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID).
O Cram (Centro de Referência de Atendimento da Mulher) é um espaço de acolhimento e atendimento à mulher em situação da violência. O centro oferece atendimento psicossocial e sociojuridico gratuitamente.
Vanessa Rossato detalhou durante a roda de conversa o trabalho de conscientização das mulheres atendidas pelo CRAM, que visa à ruptura do ciclo da violência. “O trabalho do Cram hoje é refletir com essa mulher que o que ela está vivendo é uma violência”, explicou.
Ela ainda contou que muitas mulheres que estão em situação de violência acabam sendo autodeterminadas e conduzidas a tomadas de decisões não conscientes, e elas acabam retornando para o ciclo de violência. “O nosso objetivo principal é proporcionar para essa mulher um espaço de reflexão e a partir disso fazer que ela tome as próprias decisões, consciente dos riscos e das possibilidades para romper com esses riscos”, completa.
Homens agressores
Maria Cristina Marton de Freitas, promotora de justiça aposentada e integrante do Conselho da Mulher, desenvolve um trabalho de conscientização dos agressores.
Na roda de conversa, ela relatou que em seu trabalho de promotora na área de direitos humanos e da família identificava que o homem se separava, mudava de relacionamento e mantinha o mesmo perfil agressivo. A partir dessa experiência, teve a ideia de trabalhar com homens agressores para tentar modificar esse comportamento: “Não dá pra gente falar só em empoderar essa mulher, fazer ela entender o que é o ciclo da violência se os homens também não entenderem o que é o machismo, que muitas vezes é só reproduzido sem uma reflexão sem a capacidade de entendimento”, afirmou.
Em 2018, ela montou um grupo reflexivo para homens agressores, em parceria com a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Defensoria Pública e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Atualmente o grupo está na quinta formação e tem a participação voluntária de homens que são selecionados nos processos de violência doméstica que estão em andamento na justiça. De acordo com Maria Christina, a ideia é que a participação do grupo deixe de ser voluntária para ser compulsória, através de sentenças criminais da Lei Maria da Penha.
Serviço:
Rede de atendimento a mulheres em situação de violência em Piracicaba
CRAM - Centro de Referência de Atendimento à Mulher
Atendimento de segunda a sexta, das 8h às 17h
Rua Coronel João Mendes Pereira de Almeida, 230, Nova América
Telefones: 3374-7499/3374-7503/3374-7508
GCMP PATRULHA MARIA DA PENHA – LIGUE 153
E-mail: patrulhamariadapenha@piracicaba.sp.gov.br
Rua Benedito Bozon Penteado, 645 – Vila Pacaembu
DELEGACIA DE DEFESA DA MULHER – DDM
Rua Alferes José Caetano, 1080 – Telefone: 3433-7022
CONSELHO MUNICIPAL DA MULHER
E-mail: conselhodamulherpiracicaba@gmail.com
Facebook: Conselho da Mulher do Município de Piracicaba
Portal: http://conselhos.piracicaba.sp.gov.br/cm/