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28 DE MAIO DE 2013

Médico pede apoio para aplicação de vacina contra vírus HPV


O médico ginecologista e professor Paulo César Giraldo ocupou a reunião ordinária desta segunda-feira, 27, para destacar a importância da classe política em se mobi (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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O médico ginecologista e professor Paulo César Giraldo ocupou a reunião ordinária desta segunda-feira, 27, para destacar a importância da classe política em se mobilizar para disponibilizar no sistema público a vacina contra o vírus HPV, causador do câncer de colo de útero, entre outras doenças correlatas. “Transmitido através de relações sexuais, o vírus pode ser neutralizado em grande parte pela vacina, sobretudo se aplicada na população jovem”, disse. Ele foi convidado a falar sobre o tema a partir de iniciativa do vereador Ronaldo Moschini, também médico ginecologista.

Por cerca de meia hora, Paulo Giraldo explicou detalhes sobre como o vírus se instala na célula e, a partir disto, passa a criar complicações que, inicialmente, aparecem como verrugas genitais, as quais podem, em grande parte, evoluírem para algum tipo de câncer. “São realizadas, diariamente, 114 milhões de relações por dia, 1.300 por segundo, as quais produzem cerca de 366 mil infecções diariamente, daí a necessidade do sistema de saúde estar preparado para atuar nas conseqüências”, disse o médico.

No Brasil, a vacina contra o HPV ainda não é distribuída gratuitamente, e de maneira universalizada, no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, como informou o médico e diretor-científico Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), algumas cidades tomaram iniciativas próprias para possibilitar que a aplicação aconteça de maneira ampla. “Como a vacina não está no calendário vacinal do Ministério da Saúde, é necessária esta interferência direta dos municípios”, acrescentou.

Durante a sua apresentação, o médico Paulo Giraldo detalhou como o vírus atua nas células, dando a dimensão de como, embora se transforme um câncer, sua atuação pode ser controlada, ou ao menos amenizada, com a aplicação da vacina, prática já bastante difundida em países como a Austrália – “onde aplicam nos postos de saúde e também nas escolas”, aponta. São mais de 100 tipos diferentes do vírus HPV, sendo que em torno de 20 por cento evoluem para o câncer, tanto em homens quanto em mulheres.

Apesar desta identificação de incidência do câncer, o médico salienta que não é possível mapear com exatidão se a pessoa que contrair o vírus irá, ou não, desenvolver o câncer. “É possível limitar a vacinação a um determinado grupo populacional, como jovens, por exemplo, mas é importante universalizar o quanto for possível, aumentando a cobertura”, acrescentou, sugerindo que a vacina esteja disponível para jovens já a partir dos 12 anos, “como acontece em grande parte dos países que a adotam”.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Legislativo Ronaldo Moschini

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