
15 DE ABRIL DE 2008
O médico Pedro de Carvalho, ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária de ontem (14) para comentar sobre a condição dos pacientes que estão submetidos (...)
O médico Pedro de Carvalho, ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária de ontem (14) para comentar sobre a condição dos pacientes que estão submetidos ao tratamento de insuficiência renal crônica em Piracicaba.
A consideração é que falta recursos para a realização de hemodiálise, onde pacientes e funcionários alertaram sobre a redução de recursos repassados pelo Ministério da Saúde.
Ainda em julho de 2007, conforme matéria divulgada no Jornal de Piracicaba, edição de (30/07/2007), a constatação era que um protesto de pelo menos 30 pacientes e funcionários do setor de hemodiálise do HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana) de Piracicaba alertava sobre a redução de recursos repassados pelo MS (Ministério da Saúde) ao serviço.
Referindo-se à situação, como “Apagão da Hemodiálise”, em uma faixa, o responsável pelo Centro de Nefrologia do Hospital, o médico Pedro Carvalho, disse que em 22 meses o “débito” acumulado era de R$ 141 mil.
Na ocasião o serviço do HFC atendia 132 pacientes –– 119 de Piracicaba ––, com problemas renais. Eles eram submetidos a três sessões por semana, com duração de quatro horas. “Estamos preocupados porque os recursos chegam com redução de 7% a 10%”, afirmou. Por mês, o serviço recebe cerca de R$ 180 mil. “O complemento, a associação é que faz”, observou.
O aposentado Gilberto Vandembrande, 65, de Águas de São Pedro, que utiliza o serviço há cerca de um ano, disse que “a situação é preocupante, porque dependemos dele para viver”.
Na época, a assessoria da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Sáude, informou que o hospital tem de defender a ampliação do limite de recursos na comissão tripartite e no Conselho Nacional de Saúde.
Insuficiência renal
A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocada por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções.
O rítimo de progressão depende da doença original e de causas agravantes, como hipertensão, infecção rinária, nefrite, gota e diabete. Muitas vezes a destruição renal progride pelo desconhecimento e descuido dos portadores das doenças renais.
Em cada 5.000 pessoas uma adoece dos rins por vários tipos de doenças. Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se insuficente.
Geralmente, quando surge um doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente atingindo um só. Quando o rim adoece por uma causa crônica e progressiva, a perda da função renal pode ser lenta e prolongada.
Por isso, o acompanhamento médico das doenças renais é importante para prolongar o bom funcionamento do rim por muito tempo, mesmo com certos graus de insuficiência.
O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. Os exames laboratoriais tornam-se muito alterados.
Texto e pesquisa: Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: André Stênico