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22 DE NOVEMBRO DE 2011

Marcos de Oliveira critica declaração de Bruno Prata


O vereador Marcos de Oliveira (PMDB) foi à tribuna, em reunião ordinária nesta segunda-feira, expressar sua discordância em relação à declaração do colega Bruno Pra (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


O vereador Marcos de Oliveira (PMDB) foi à tribuna, em reunião ordinária na noite desta segunda-feira (21), expressar sua discordância em relação à declaração do colega Bruno Prata (PSDB), segundo o qual o Conselho de Ética ––formado para apurar se o vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) quebrou o decoro parlamentar durante sessão no dia 24 de outubro–– "não vai ter pizza", conforme cita reportagem do jornal "Gazeta de Piracicaba" do último dia 18.

"Com todo o respeito que tenho ao vereador Bruno Prata, presidente do Conselho, quero discordar e dizer que achei extremamente precipitada a fala dele e infeliz. Primeiro, porque, quando diz que não vai acabar em pizza, ele já assumiu as funções da comissão, porque é ela quem vai decidir se [Trevisan] tem culpa ou não ––não o presidente, isoladamente. Ele [Bruno Prata] já começa a comprometer os trabalhos da comissão", disse Marcos de Oliveira.

O vereador explicou ter optado por, antes, ouvir seus colegas de bloco. "Sei que os conselhos e as comissões têm a ver com as forças partidárias na Casa. Por isso, consultei meus pares, como qualquer parlamentar tem que fazer. Não posso me manifestar isoladamente. Não sou líder. Parei para conversar com o PDT. Então, não me vi em situação de ver sem respaldo partidário", esclareceu.

Marcos de Oliveira também falou sobre as críticas de Bruno Prata ao não comparecimento de vereadores na reunião do Conselho de Ética. "O vereador Bruno Prata, como homem sério que é, manifestou seu desagrado da ausência de alguns vereadores, dos quais eu sou citado como um. A mesma seriedade que o vereador Bruno Prata tem, eu também tenho de igual modo. Também acho que o regimento deve ser cumprido, que a lei que fala sobre decoro parlamentar deve ser cumprida, mas tomo o cuidado de não antecipar nenhum fato. O Conselho é quem decide e, enquanto ele não decidir, ninguém deve falar precipitadamente, até porque o juiz que começa a dizer qual é a sentença antes de o processo acabar invalida o processo", disse Marcos de Oliveira.

O parlamentar ainda refutou o teor da reportagem da "Gazeta de Piracicaba", que, segundo ele, teria dado a impressão de que o vereador é "alguém que gostaria de ver pizza". "Pizza, para mim, é só no restaurante, mesmo", declarou. "Venho à tribuna deixar claro à imprensa e à população que qualquer deslize deve ser apurado, mas não pode ser só de matéria concorrida nas reuniões da comissão. Deslizes também são as falas dadas na tribuna de modo antecipado e errado. Faço aqui meu repúdio à fala do vereador. Eu realmente acho que foi precipitada sua fala", concluiu.

DEFESA DOS ANIMAIS
Ainda na tribuna, Marcos de Oliveira cobrou um posicionamento da Câmara em relação à morte do cão Lobo, arrastado por ruas da cidade pela caminhonete dirigida por seu dono. O vereador abordou o caso ao citar a manifestação, realizada no último domingo, em defesa dos diretos dos animais, que reuniu cerca de 300 pessoas na avenida Paulista, em São Paulo. No ato, houve menção ao caso de Piracicaba, que repercutiu em todo o país e no exterior, e pedidos por punição mais rígida ao mecânico acusado de maus-tratos ––ele acabou multado em R$ 1.500, conforme determina a lei municipal.

"Embora não tenha militância explícita nessa área, sou um defensor e colaborador da causa. Acredito que Piracicaba, nesse aspecto, acaba entrando para o rol de uma cidade onde acontecem fatos tristes. Ainda está faltando da Câmara de Vereadores o seu posicionamento a respeito do que aconteceu. A Casa de Leis, como reverberação dos anseios da sociedade, não pode passar calada a respeito desse assunto", disse Marcos de Oliveira. "Quero saber se haverá algum tipo de manifestação conjunta da Casa, posto que, se não houver, eu mesmo pretendo, individualmente, encaminhar proposta para que a Casa aprove meu repúdio à atitude desse mecânico que barbaramente agiu em força desproporcional. Gostaria de saber se ele teria condição de enfrentar o animal matando-o a mão. Por que ele não o matou a mão, já que é tão corajoso? Aí a gente veria quem sairia em vantagem", indagou o vereador.

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Marcos Oliveira

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