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25 DE OUTUBRO DE 2011

Márcia Pacheco relata ameaça ao tentar defender direito de oradora popular se expressar


A vereadora Márcia Pacheco (PSDB) mostrou indignação com as ameaças que ela diz ter "visto e ouvido nitidamente" quando foi fazer uma intervenção ao microfone enqua (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


A vereadora Márcia Pacheco (PSDB) mostrou indignação com as ameaças que ela diz ter "visto e ouvido nitidamente" quando foi fazer uma intervenção ao microfone enquanto uma moradora do São Dimas usava a Tribuna Popular, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (24). A ameaça, segundo a parlamentar, teria vindo do irmão do vereador Laércio Trevisan Júnior (PR), que acompanhava a sessão das galerias do plenário da Câmara.

Durante a fala da oradora popular Márcia Aparecida Santiago, que usou a tribuna para comentar sobre o trabalho do Sobasdi, a vereadora defendeu o direito de a moradora do São Dimas se manifestar, já que Trevisan a interrompeu em algumas ocasiões. Foi nesse momento, segundo Márcia Pacheco, que o irmão de Trevisan a teria ameaçado, dizendo-lhe: "Você vai ver o que vai acontecer com você".

A vereadora explicou que o fato de ser amiga de Márcia Santiago não significa que comungue com as mesmas ideias da oradora popular. "Realmente, sou amiga da Márcia [Santiago], mas não tenho o dom de dizer o que ela deve ou não falar, não tenho o direito de fazer juízo de valor nem tentar calá-la, o que não quer dizer que eu comungue com as mesmas coisas que ela, porque não participei da formação do Centro Comunitário do São Dimas. Mas quero deixar registrado o direito que todas as pessoas que se inscrevem regimentalmente têm de defender seus pontos-de-vista nesta tribuna, porque são responsáveis pelo que dizem", disse a vereadora.

"Quero lamentar profundamente que, quando vim aqui defender o direito de o orador da tribuna se manifestar, o irmão do vereador Trevisan disse: "Você vai ver o que vai acontecer com você". Isso eu quero deixar registrado porque, se acontecer algo comigo, tanto fisicamente quanto alguma coisa material, ele será responsabilizado, porque eu ouvi e vi nitidamente essas palavras do irmão do vereador Trevisan. Recebo [a ameaça] profundamente chateada. Tomarei as atitudes cabíveis, porque me sinto ameaçada. Sou mulher, sou bem mais fraca do que o grupo que acompanha o vereador, sou cardiopata. Não estou aqui para ouvir ameaça de ninguém, mas eu não tenho medo; ele que venha para cima de mim porque eu vou aguardar", continuou Márcia Pacheco, que disse ter recebido a ameaça por defender o direito da oradora de continuar usando a tribuna.

"Quero que isso fique registrado, que os senhores tomem conhecimento, que a imprensa tome conhecimento, porque eu vou tomar as minhas providências. Ademais, eu não tenho nada a ver com a briga ou a desavença que existe entre um pessoal do São Dimas e a postura do vereador Trevisan. Eles me procuraram por simpatia, como têm simpatia por outros vereadores. É uma questão de simpatia. Se eu posso ajudá-los, eu vou orientá-los no sentido de cumprir a lei, não de alguma coisa pessoal. Acho que não cabe fazer ao vereador Trevisan o que o irmão dele fez comigo. Isso não cabe a esta Casa de Leis. Uma ameaça à integridade física de uma mulher, a única vereadora mulher do plenário desta Casa de Leis. Aí, começou a me fotografar enquanto eu conversava com a Márcia [Santiago], como se eu tivesse medo. Escolheu a pessoa errada, porque medo é uma coisa que não faz parte do meu dicionário. Fica aqui o desafio para o senhor tentar mexer na minha integridade física", concluiu Márcia Pacheco.

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Márcia Pacheco

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