O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) cobrou da Prefeitura mais investimento na manutenção das vias urbanas. Ele reclamou das "péssimas condições de algumas ruas" do município e do excessivo número de buracos. "Com isso, o trabalhador que paga seus impostos tem seu carro lesado por passar em cima desses buracos, entortando a roda, desgastando a suspensão", comentou.

O parlamentar disse também ter sido procurado por moradores da avenida Cruzeiro do Sul que reclamaram do estado de conservação da ciclovia implantada ao longo do corredor, classificada por José Pedro como fruto de um serviço de baixa qualidade. "Hoje não dá para andar de bicicleta no local em função das inúmeras imperfeições do serviço prestado."

Na tribuna, durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (9), o vereador mostrou descontentamento com a baixa rentabilidade que a produção agrícola tem alcançado em Piracicaba e região. Ele criticou o valor da remuneração paga aos trabalhadores ––ao apontar que, em geral, eles se aposentam ganhando apenas o salário mínimo–– e lamentou a perda do poder aquisitivo decorrente do fato. "Isso diminui a cada dia sua renda e receita, em função de o aumento do salário ser sempre em percentual muito maior que o dos aposentados, que acabam sendo muito penalizados."

Ainda ao falar de economia, José Pedro afirmou ser "injusto" apenas grandes empresários contarem com benefícios e financiamentos do governo e pediu que tais estímulos sejam estendidos a pequenos e médios empreendedores. "Não somos contra os grandes capitais terem incentivos, mas lutamos para que isso seja extensivo aos pequenos empresários", declarou.

SEGURANÇA
Por fim, José Pedro falou sobre o aumento da violência em bairros periféricos de Piracicaba. "Só no meu bairro, Tanquinho, tivemos na semana passada três assaltos, em que [num deles] uma família perdeu inúmeros bens em função da invasão de ladrões quando ela estava trabalhando na cidade."

Na opinião do vereador, a instalação de câmeras de segurança na região central, ao contrário do que as estatísticas podem sugerir, não reduz os índices de criminalidade do local, já que os bandidos migram para bairros mais distantes e menos protegidos. "No momento em que colocamos câmeras no Centro, não significa que estamos exterminando com os roubos, mas, sim, que estamos levando o ladrão para a periferia, para os distritos. Quem paga com isso é a população que, a duras penas, compra um bem e o tem roubado sem terminar de pagar o carnê", afirmou.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Gustavo Annunciato / MTB 58.557