
09 DE OUTUBRO DE 2008
O historiador Fábio Fragança, ocupou parte do expediente da reunião ordinária de hoje (10) para discorrer sobre o andamento do projeto de recuperação do acervo da C (...)
O historiador Fábio Fragança, ocupou parte do expediente da reunião ordinária de hoje (10) para discorrer sobre o andamento do projeto de recuperação do acervo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
A preocupação é levar adiante o trabalho de Guilherme Vitti (94), antigo servidor da Câmara. Bragança informou que o acervo possui, basicamente, atas, ofícios, requerimentos e leis, documentos depositados em cerca de 50 caixas e 100 livros. “É um acervo de natureza diplomática, porque são de fé pública, trocados entre instituições, governos e autoridades”, destacou.
Bragança diz que o item mais raro, considerado a “obra-prima do acervo”, é a carta de transferência da cidade, da margem esquerda do rio para a direita. É um documento de 1784. A relíquia sofre com os ataques das chamadas brocas, insetos que perfuram livros e suas páginas, hoje o principal risco do arquivo. “A questão não é só guardar documentos, mas criar condições de prolongar sua vida”, declara Bragança, que recentemente freqüentou um curso de conservação e higienização preventiva de documentos.
O acervo, explica Bragança, passará por um trabalho de conservação preventiva (higienização e acondicionamento) e, a seguir, serão realizadas intervenções e pequenos reparos nos livros. “Acredito que nos próximos quatro anos a gente tenha concluído essas duas etapas”, estima. “É um trabalho técnico, cuidadoso, demorado, porque é documento por documento, folha por folha”, concluiu o historiador.
Fábio também comenta que o trabalho de recuperação obedece a preceitos legais, de leis de proteção ao patrimônio histórico, preconizados pela Constituição Federal de 1988. O projeto envolverá gastos na ordem de cinco mil reais aos cofres públicos.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946