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11 DE JUNHO DE 2013

Hemonúcleo de Piracicaba enfrenta queda na doação de sangue


A doação de sangue no Hemonúcleo de Piracicaba apresenta queda constante. De acordo com a diretora Jordana Torre Regazzo Fuzato, num comparativo dos quatro meses in (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


A doação de sangue no Hemonúcleo de Piracicaba apresenta queda constante. De acordo com a diretora Jordana Torre Regazzo Fuzato, num comparativo dos quatro meses iniciais dos últimos anos aponta a perda, a qual acarreta em dificuldade para atender, direta e indiretamente, a 20 hospitais da Diretoria Regional de Saúde (DRS) 10. “A solidariedade tem mudado nos últimos anos e isso está incidindo diretamente na doação de sangue”, disse ela, durante suspensão do Expediente da reunião ordinária desta segunda-feira, 10, na Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Entre os meses de janeiro e abril em 2011, candidatou-se para doação 6.230 pessoas. Este número caiu em 12 por cento no mesmo período deste ano, quando foram 5455. A mesma tendência segue nos doadores efetivamente, os quais eram 5009 em 2011 e, neste ano, chegou a apenas 4.085, um número 9 por cento menor no comparativo. “Os candidatos são aqueles que vão até o hemonúcleo, mas o número de doadores é sempre menor porque alguns destes candidatos se mostram inaptos”, aponta.

A mesma tendência de queda é registrada no comparativo entre 2012 e 2013, quando o número de candidatos ficou 7 por cento a menos e o de doadores, 4 por cento . “Seria praticamente 400 doadores a menos contabilizados por mês, é um número muito preocupante e que nos representa grande dificuldade para atender a demanda”, disse Jornada Fuzato. Criado em 1988 e transformado em hemonúcleo em 1992, o órgão enfrenta um problema que, segundo a diretora, “é nacional” e que, para ser revertido, “precisa do apoio de todas as forças possíveis, incentivando a doação de sangue”, disse.

Outro dado que demonstra o declínio de doação é o perfil de quem vai ao hemonúcleo. Os doadores são divididos em dois grupos, o doador de repetição (aquele vai doador periodicamente) e o doador de reposição (que vai ao hemonúcleo quando tem alguém da família ou um amigo precisando de sangue). O primeiro grupo, considerado mais ‘fiel’ à doação, também tem diminuído bastante. “Antes, existia uma média de 1.200 de doadores de repetição, hoje esse número dificilmente alcança os mil, acarretando em muita perda de bolsas de sangue”, disse.

A doutora, especialista em hematologia e hemoterapia, foi convidada a falar sobre a situação do Hemonúcleo de Piracicaba na reunião ordinária da Câmara de Vereadores de Piracicaba a partir do vereador Ronaldo Moschini (PPS), que também é médico e atende a rede municipal de saúde. “É muito importante todos nós ajudarmos de alguma maneira para que o hemonúcleo tenha condições de atender a demanda de toda a região”, disse o vereador Moschini.

Para doar os candidatos devem comparecer entre 7 e 13 horas no Hemonúcleo de Piracicaba (instalado na Santa Casa de Piracicaba), munidos de documentos. Não é preciso ficar em jejum para doar – “aliás, isso é um mito”, disse Jordana –, mas pede-se que o doador alimente-se bem, sem alimentos gordurosos e não tenha ingerido bebidas alcoólicas no dia anterior à doação.

É necessário ter acima de 50 quilos e ser maior de idade (acima dos 18 anos). Os homens podem doar a cada dois meses (sendo três vezes, no máximo, por ano), já as mulheres podem doar a cada três meses (sendo duas vezes, no máximo, a cada ano). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3422-2019.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Legislativo Ronaldo Moschini

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