
26 DE MAIO DE 2009
O assistente social Antonio Carlos Danelon, representando o Grupo Cidadania e Política, usou a tribuna popular da Câmara durante o primeiro expediente da reunião or (...)
O assistente social Antonio Carlos Danelon, representando o Grupo Cidadania e Política, usou a tribuna popular da Câmara durante o primeiro expediente da reunião ordinária desta segunda-feira (25), para manifestar-se contrário à instalação de um novo presídio em Piracicaba.
Danelon acredita que a solução para o colapso carcerário no país está na criação de novas políticas de condenação, que reduziriam as superlotações nos presídios. “Se a sociedade não aceita pena de morte é porque acredita na recuperação do ser humano. Então temos que criar mecanismos que permitam ao cidadão se recuperar”, defendeu.
Segundo ele, metade dos condenados libertados acaba voltando para a prisão, o que representaria um desperdício dos recursos aplicados na manutenção do sistema carcerário. “O sujeito acaba passando duas vezes pelo mesmo processo”, explicou o assistente social.
Danelon mostrou-se indignado com a postura do Governo Estadual de decretar a instalação de presídios em 59 cidades do estado de São Paulo e argumentou que Piracicaba não estaria preparada para receber uma unidade prisional de grande porte. “Um presídio destes traz os mesmos impactos de uma indústria para o município. Como vamos aceitá-lo aqui se não temos casas suficientes para acomodar os familiares dos detentos, se nosso sistema de saúde pública é deficiente, se não damos conta nem dos nossos problemas sociais? Temos que ouvir a população, isso não se resolve de cima para baixo. A ditadura já acabou faz tempo!”, finalizou.
Ademir Barbosa – MTb 54.006
Foto: Fabrice Desmonts – MTb 22.946