
24 DE OUTUBRO DE 2013
O destaque desta sétima edição foi a participação de um grupo de alunos, os agentes ambientais, representando as escolas municipais.
O sétimo encontro do Fórum Municipal Permanente em Defesa do Rio Corumbataí foi realizado nesta quarta-feira (23) na Câmara de Vereadores de Rio Claro. Nesta edição, foi debatida principalmente a necessidade do plantio de árvores às margens dos rios e seus afluentes para a recuperação da mata ciliar. A estimativa é de que sejam necessárias de 30 a 80 milhões de mudas nativas.
O vereador José Aparecido Longatto (PSDB), idealizador do fórum, disse que os encontros são fundamentais, já que as nove cidades integrantes têm problemas em comum. "Piracicaba depende das cidades a montante para o abastecimento de água. Essas cidades abrangem uma população de 820 mil pessoas. É preciso agir, preservar as matas que cercam os olhos d'água. Precisamos preservar o rio Corumbataí porque nós dependemos dele", afirmou.
Para o vereador, os encontros, mesmo contando com os mesmos participantes, mostram que as pessoas são "perseverantes, persistentes, que acreditam no que sonham". "Estamos agindo, é isso o que importa", disse.
Durante o encontro foram realizadas quatro apresentações. A primeira delas com Edson de Abreu, coordenador ambiental da Secretaria Municipal de Educação, e Marineide Carrara Martins, diretora de escola. Eles falaram sobre o trabalho nas escolas com o tema que foi sugerido a elas pela ONU 2013 – Ano Internacional da Cooperação pela Água e Afluentes. Alguns alunos do projeto Agentes Ambientais, representando os estabelecimentos de ensino municipais, falaram sobre o trabalho de preservação do meio ambiente realizado nas escolas.
Na sequência, Paula Violante, diretora da Foz do Brasil, empresa responsável pelo sistema de esgoto de Rio Claro, disse que atualmente a coleta atinge 99,8% da cidade e o tratamento 55%, com 98% de eficácia. A expectativa é de que até 2014 seja coletado quase 100% do esgoto. Os investimentos previstos são de R$ 150 milhões.
O superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Rio Claro, Geraldo Gonçalves Pereira, apresentou alguns projetos em prol do rio Corumbataí, como por exemplo a retomada do viveiro municipal, já que a destruição das matas é a principal causa da queda da vazão do rio no município. Segundo estudos apresentados por ele, são necessárias entre 30 e 80 milhões de mudas nativas para a recuperação das matas ciliares do Corumbataí e seus alfuentes.
A vice-prefeita Olga Salomão discorreu sobre o aterro municipal, que foi um grande problema até alguns anos atrás. Hoje ele ainda está com a licença vencida, mas foi reestruturado e atualmente conta, inclusive, com uma usina de tratamento do chorume, referência para outras cidades. O licenciamento deve ocorrer em breve.
Finalizando as apresentações, José Luiz Timoni, do Departamento de Manejo Florestal, comentou sobre a retomada de um projeto para a criação de parques ecológicos, que são unidades de preservação ambiental. Foram realizados alguns estudos técnicos e verificada a demanda do município. Uma consulta pública deve ser realizada em breve para a instalação da primeira unidade na cidade.
Participaram do encontro representantes de algumas das nove cidades integrantes do Fórum, além do vereador de Rio Claro Agnelo da Silva Matos Neto, do prefeito Palmínio Altimari Filho, do presidente da Câmara de Analândia, Rodrigo Tendolini Balerini, e do presidente da Câmara de Corumbataí, João Batista Altarúgio Filho. O vereador Chico Almeida (PT) também esteve presente. O vereador Júlio Lopes, de Rio Claro, que presidiu os trabalhos e também é presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, consórcio intermunicipal das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, disse que o encontro foi bastante produtivo.
O próximo encontro será em Charqueada, com data a ser definida posteriormente, e o último em Santa Gertrudes.