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19 DE MARÇO DE 2014

Fórum apresenta plano de expansão da rede de Saúde Mental


De autoria do vereador Pedro Kawai (PSDB), espaço contou com explanação da coordenadora da rede municipal, Vandrea Novello



EM PIRACICABA (SP)  

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A rede municipal de Saúde Mental deve priorizar formas menos invasivas de tratamento e optar pela internação apenas como última opção. Esta definição foi apresentada na tarde desta quarta-feira, 19, na segunda reunião do Fórum Permanente de Saúde Mental e Combate à Dependência Química, do vereador Pedro Kawai. O encontro foi realizado no plenário Francisco Antonio Coelho, da Câmara dos Vereadores de Piracicaba. 

Vandrea Novello, coordenadora do Programa Municipal de Saúde Mental, detalhou os diversos equipamentos à disposição da sociedade para o atendimento de pessoas com problemas psiquiátricos e, especialmente, de dependência química. Vandrea recorda que, após a constatação da ineficácia do tratamento por internação, o Ministério da Saúde passou a estabelecer uma rede receptiva a partir de ambulatórios anti-drogas, Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) e residências terapêuticas. 

Atualmente, o sistema de atendimento envolve 8.600 prontuários de inscrições, passando por diferentes momentos e estágios de tratamento. Há diferenças, por exemplo, entre àqueles que são atendidos nos ambulatórios dos bairros, consideradas portas de entrada da rede, e os que estão nas residências terapêuticas, as chamadas “repúblicas”. Estas atuam com egressos de internações. Nestes espaços, eles contam com programas de geração de renda, oficinas artesanais e outras formas ressocialização. 

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, 3% da população necessita de atendimento continuado, 12% terão algum episódio eventual de transtorno mental e 8% são acometidos de transtornos decorrentes ao uso de drogas. Desta forma, existe a necessidade de ampliação da rede municipal, já prevista em plano aprovado ano passado pela Secretária Municipal de Saúde e pela Diretoria Regional de Saúde (DRS), ligada ao Governo do Estado, e que deve ser implementada completamente até o final de 2017. 

Entre as mudanças, está na transformação dos ambulatórios em CAPs, como uma maneira de “ampliar o poder de atuação”. Ainda assim, o CAPs II Bela Vista deverá ser transformado em CAPs III, tendo atendimento 24 horas e leito noturno. Além disso, seria criado o CAPs AD III (especificamente para atendimento a adictos), mais uma residência terapêutica, ambulatório infantil e um CAPs infantil. 

“Algumas pessoas costumam atribuir o problema do tratamento de dependentes químicas ao fim das alas masculina e feminina do antigo Hospital Cesário Motta”, observa Vandrea. “Mas hoje a gente já sabe que o tratamento por internação é ineficaz, por isso a rede municipal precisa oferecer outras alternativas e ter e essa opção só como ‘último caso’”, defendeu a coordenador do Programa de Saúde Mental de Piracicaba. 

O vereador Pedro Kawai lembrou que esta foi apenas a segunda reunião do Fórum Permanente de Saúde Mental e de Combate à Dependência Química. Da primeira, realizada em janeiro, ele iniciou um trabalho de mapeamento das atividades exercidas por diversas entidades, públicas ou privadas, e pretende, no próximo encontro, agendado para julho, trazer alternativas e opções para trabalhar a prevenção ao uso de drogas. 

A reunião contou com a participação de secretarias municipais, como a de Desenvolvimento Social (Semdes), e representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Polícia Militar, a Diretoria do Departamento Regional de Saúde, Conselho Municipal sobre Álcool e Outras Drogas, Conselho Municipal de Saúde, o Conselho Municipal de Assistência Social, os Conselhos Tutelares.

O encontro teve ainda a participação dos vereadores João Manoel dos Santos (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Dirceu Alves da Silva (PROS) e Luiz Arruda (PV).



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Saúde Pedro Kawai

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