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13 DE MAIO DE 2020

Fake news sobre Covid-19 geram pânico e prejudicam o combate ao vírus


Em entrevista ao Parlamento Aberto, Ude Valentini, diretora do CCS da Prefeitura, detalhou as ações do município no combate à disseminação das fake news.



EM PIRACICABA (SP)  

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Com a ascensão do número de casos do novo coronavírus (Covid-19) pelo Brasil, cresce também o número de rumores e notícias falsas sobre a doença que circula, principalmente, nas redes sociais. Além de colocar a saúde das pessoas em risco, o compartilhamento massivo de informações falsas, imprecisas e distorcidas ajuda a criar um clima de pânico. Frente a um cenário de medo e insegurança, torna-se, cada vez mais difícil, distinguir o que é verdade e o que é mentira.

Para a jornalista e diretora do CCS (Centro de Comunicação Social) da Prefeitura de Piracicaba, Ude Valentini, a desinformação é também um problema de saúde pública que precisa ser combatido da mesma forma que o vírus. Em entrevista na terça-feira (12), no Instagram do Parlamento Aberto, a diretora detalhou as ações do município no combate à disseminação das fake news.

Por meio do Plantão Coronavírus (www.piracicaba.sp.gov.br), um portal oficial criado no site da prefeitura, a equipe de jornalistas que compõe a Comunicação do Executivo já refutou dezenas de mentiras que circulam na internet sobre o vírus. Promessas de curas milagrosas, falsos boatos sobre sintomas, diagnóstico e tratamento do vírus são os principais temas relacionados às fake news que circulam de maneira tão veloz quanto o próprio vírus.

“Fake news em tempos de pandemia é ainda mais grave, um crime contra a saúde pública e um desserviço à população. Quando o vírus chegou ao Brasil, recebíamos as perguntas mais esdruxulas possíveis, as pessoas estavam completamente perdidas e a indústria das fake news se aproveitou deste momento de vulnerabilidade. Além das informações falsas que circularam em nível nacional, Piracicaba criou as suas próprias. Para nós, é um constante apagar de incêndio”, revelou a diretora.

O compartilhamento de recomendações erradas para prevenir a doença, rumores e notícias infundadas sobre a pandemia podem influenciar cidadãos a relaxarem nas medidas de contenção recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e pelas autoridades sanitárias do país, prejudicando a batalha contra o novo coronavírus. “Decidimos criar o Plantão Coronavirus para que ele se tornasse o foco de informações oficiais sobre a doença. Isso nos ajudou a minimizar os impactos das fake news”, explicou Ude.  

De acordo com ela, é preciso agora, mais do que nunca, propagar a verdade, mesmo que ela seja difícil. “A pessoas têm o direito de saber o que realmente está acontecendo. As informações divulgadas no portal são verdadeiras, bem apuradas e atuais”, garantiu. Ela disse, ainda, que a administração municipal se antecipou na tomada de decisões e, quando o vírus chegou à cidade, já existia um plano de ação pronto para ser colocado em prática.

“A maioria das pessoas não viveu uma pandemia dessa magnitude. Não queríamos, obviamente, ser atingidos, mas preparamos a cidade. Agora é o momento de tentar passar por essa fase com o menor número de baixas possíveis. Não se pode aproveitar de uma pandemia para disseminar o terror entre as pessoas, já estamos vivemos uma polarização muito grande no Brasil. É momento de as pessoas se unirem”, avaliou a diretora.

A jornalista citou noticias falsam que viralizaram durante a crise. Entre elas, uma série de publicações com boatos sobre caixões vazios ou com pedras, que circulou nas redes sociais, assim como outras informações, imagens e notícias de anos anteriores compartilhadas massivamente com o objetivo de minimizar ou contestar o atual cenário de mortes em decorrência da Covid-19.

“Outra fake news que ‘pegou’ foi a de que o idoso, acima de 60 anos, que estivesse na rua durante a pandemia teria sua aposentadoria suspensa por tempo indeterminado. Os idosos ficaram desesperados e a informação era totalmente inverídica. Também circulou pela cidade um boato absurdo de que o prefeito Barjas Negri e o governador do Estado, João Dória, são comunistas”, contou Ude.

No momento em que Brasil ultrapassa as 12 mil mortes pelo coronavírus, em que a ciência vem sofrendo descrédito por parte da população, os discursos equivocados tomam proporções gigantescas e as fake news se tornam empecilhos para a conscientização das pessoas, a jornalista pede cautela com o que é compartilhado e recomenda que as pessoas se informem por fontes oficiais.

“Não repasse nem compartilhe em suas redes sociais quaisquer recomendações sem a certeza de que as fontes são confiáveis e de que os conteúdos são verdadeiros. Busque informações no site oficial da prefeitura ou por meio de nossas redes sociais. Precisamos ser responsáveis por nós e pelos outros”, aconselhou.

As lives do programa Parlamento Aberto são realizadas no perfil do Instagram, que pode ser acessado em @parlamento_aberto.

As entrevistas também podem ser acessadas no canal do YouTube do Departamento de Comunicação da Câmara de Vereadores.

Para receber as informações do programa Parlamento Aberto direto no celular, é possível cadastrar na lista de transmissão do whatsapp neste link.



Texto:  Raquel Soares
Revisão:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Parlamento Aberto Coronavírus

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