Em visita à cidade de Campinas, no dia de ontem (18), o vereador Euclides Buzetto (PT), considerou  o trabalho do Jornal A Gazeta, na divulgação de matéria da Jornalista Luciana Carnevale, sobre a campanha em defesa da Bacia do Rio Piracicaba.

Publicada no dia de hoje, 19/6/2008, a matéria mostra que a continuar nos níveis atuais, o rio terá sobrevida de oito anos.

Luciana Carnevale avalia em sua matéria que em tempos de escassez quase absoluta de água em várias regiões do planeta, a Bacia do Rio Piracicaba começa a agonizar a níveis críticos.

Coordenador da campanha "Mais Água para o Piracicaba", apoiada pela Gazeta de Piracicaba, que percorre o Estado de São Paulo, o vereador Euclides Buzetto (PT) lembra que se nada for feito, de forma efetiva para que a vazão do manancial, símbolo da cidade, seja revertida a volumes maiores, a Bacia terá uma sobrevida prevista de até oito anos. Pouco em se tratando de água, cada vez em menor escala.

Em visita à Prefeitura de Campinas (SP) e à Câmara de Vereadores daquela cidade, Buzetto apresentou números que revelam o tamanho do estrago que o sistema Cantareira, implantado na década de 70 para auxiliar no fornecimento de água para a Região Metropolitana de São Paulo, tem provocado ao Piracicaba.

A média ideal de fornecimento, por habitante, ao ano, deveria ser de 1,5 mil metros cúbicos de água, mas o que acontece no momento é bem distinto. "São apenas 480 metros cúbicos de água por habitante, segundo dados fornecidos pela Agência de Águas", disse o parlamentar.

Com a provável estagnação da Bacia, além da falta de água nas torneiras, a economia de Piracicaba e região seria atingida em cheio. "As indústrias, comércio e setor de serviços se utilizam muito da água para o desenvolvimento de suas atividades. Seria drástico", lamenta.

ALTERNATIVAS

Na luta por mais água ao rio, o vereador Euclides Buzetto observa que é essencial que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que monitora o Cantareira, apresente projetos viáveis e rápidos que funcionem como alternativas ao sistema. "Não é possível que não haja um estudo que mostre uma luz no fim do túnel. Estamos falando de pessoas especalizadas, de técnicos, de gente que conhece", alerta.

Diante de uma postura sem alterações por parte da Sabesp, segundo Buzetto, o vereador decidiu encaminhar aos assessores do prefeito campineiro Dr. Hélio, uma carta-ofício. No documento, o vereador piracicabano pede que o chefe do Executivo chame os 11 deputados que representam a Bacia do Piracicaba para uma grande reunião a ser agendada, nos próximos dias, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas.

O objetivo é uni-los, de acordo com Buzetto, para que uma audiência seja marcada posteriormente com o governador José Serra (PSDB). Durante a conversa, os parlamentares reforçariam o apelo em prol de mais água.

Na prefeitura de Campinas o ofício foi encaminhado para a assessora do Gabinete do Prefeito Cristina Faelli e na Câmara de Vereadores de Campinas, foram visitados os Gabinetes dos vereadores Angelo Barreto (PT) e Sebastião dos Santos (PMDB), ambos se interessaram pela Campanha e prometeram apoio.

Caça às assinaturas

Desde que a campanha "Mais Água ao Rio Piracicaba" começou, até agora, foram coletadas, apenas em Piracicaba, 45 mil assinaturas. A meta é ir muito além desse número, que dobra quando se fala em região. A partir de agora, haverá coleta permanente de assinaturas no Terminal Central de Integração (TCI), todas as quartas e sextas-feiras, das 14 horas às 18 horas. A participação é gratuita. Basta assinar.

Aos domingos, quando a concentração de pessoas é maior ao longo da orla do rio Piracicaba, o trabalho de convencimento das pessoas à campanha será realizado no período das 14 horas às 18 horas, na Ponte Pênsil e na Rua do Porto. O envolvimento das escolas particulares começa em agosto.

Transcrição: Martim Vieira Mtb 22.939

Foto: Divulgação Gabinete