
16 DE MAIO DE 2014
Executivo deve promover estudos urgentes para se 'prevenir um mal maior', diz parlamentar
Vereador lembra que situação de calamidade pública é prevista pela Agência Nacional de Águas
A implantação de um programa para controlar o consumo de água em Piracicaba é defendida pelo vereador Carlos Gomes da Silva (PP), o Capitão Gomes. Ele recomenda que o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) determine ao Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) a realização de estudos urgentes. O parlamentar apresentou a moção de apelo 106/2014, votada em caráter de urgência na reunião ordinária da Câmara desta quinta-feira (15).
Capitão Gomes sugere que a cidade seja dividida em setores, com abastecimento de forma rotativa e cortes em determinados períodos do dia ou da noite. “Essa medida visa prevenir um mal maior, que será o racionamento mais severo no consumo de água na cidade”, diz o parlamentar.
A moção toma como base recentes notícias divulgadas na imprensa de que faltará água para abastecer a região no pico da seca, entre agosto e setembro deste ano. Os dados foram apresentados pelo Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e possuem como referência estudos técnicos da ANA (Agência Nacional de Águas).
Na moção, o parlamentar cita os níveis críticos dos rios da região, com apenas 5,7 metros cúbicos por segundo, quando a média histórica para o mesmo período é de 18 metros cúbicos por segundo. A redução das reservas hídricas atinge a faixa de 60 a 90% do Sistema Canteira, o mais importante para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo e com reflexos na região do Consórcio PCJ. “Trata de uma situação altamente preocupante. Providencias devem der tomadas, antes que a questão se torne definitiva”, declara Capitão Gomes.