
12 DE ABRIL DE 2013
A emoção tomou conta de familiares, amigos e profissionais que trabalham na Unidade Básica de Saúde de Ártemis, que na manhã desta sexta-feira (12) recebeu oficialm (...)
A emoção tomou conta de familiares, amigos e profissionais que trabalham na Unidade Básica de Saúde de Ártemis, que na manhã desta sexta-feira (12) recebeu oficialmente o nome de "Roselice Baltieri", jovem que, nascida e criada no distrito, morreu em 2007, com apenas 24 anos, quando estava para se formar em Enfermagem. O significado da homenagem ––que, proposta pelo ex-vereador José Pedro Leite da Silva no projeto de lei 265/2011, foi aprovada pela Câmara e virou a lei municipal número 7.212–– pôde ser percebido na fala de cada pessoa que participou da cerimônia em Ártemis.
"Eu acho muito importante, nesse tempo em que os valores morais e éticos estão tão contaminados e deturpados, ter na UBS o nome de uma pessoa que possa ser exemplo para as futuras gerações dessa comunidade. Começo a imaginar uma criança aqui, enquanto espera ser atendida, ver a foto dela e perguntar: "Mãe, quem é essa moça?", e a mãe poder dizer: "Você pode ter ela como um exemplo, porque ela foi uma pessoa que amou o próximo". É importante poder dizer que ela foi uma pessoa de bem e que, por isso, foi homenageada", salientou Dirce Valério, coordenadora da Central de Saúde Bucal.
O vereador Dirceu Alves da Silva (PPS), que conhece há 30 anos Dirceu Aparecido Baltieri, pai da jovem homenageada, acompanhou a cerimônia na UBS. O parlamentar esteve acompanhado de sua assessora Ana Carolina Berreta, que, moradora de Ártemis, conviveu com Roselice e trabalhava no gabinete de José Pedro quando a proposta de denominação foi apresentada pelo ex-vereador. "Para mim, é uma honra poder dar continuidade a essa propositura do José Pedro, que teve início em 2011. Infelizmente, ele não se reelegeu, mas, com a vinda da Carol para nosso gabinete, firmamos o compromisso com o José Pedro para dar continuidade a todas as proposituras dele", comentou Dirceu.
O parlamentar cumprimentou os pais da homenageada, Dirceu e Maria Gracinda, pela educação dada a ela. "Nos dias que vivemos hoje, em que está tão difícil criar uma família com valores éticos e morais, quero parabenizar a família de Roselice por este momento. Estamos aqui denominando esta unidade com o nome dessa pessoa que deixou um grande legado a essa comunidade."
Amiga da família Baltieri, a assessora parlamentar Célia Turi também destacou a formação que Roselice e sua irmã, Valdenice, receberam dos pais. "Faço parte dessa família comunitária, pela qual o Dirceu Baltieri há mais de 20 anos começou aqui um trabalho voluntário. É uma família que é referência no distrito de Ártemis", ressaltou.
"Rosinha, como ela era conhecida por colegas da faculdade, era nascida na comunidade de Ártemis e filha de família tradicional. Além de trabalhar na área de saúde, fazia trabalho voluntário com as crianças, como catequista na igreja em Ártemis e também em Santana ––tanto que a comunidade de lá ficou contente com o fato de uma pessoa que atuou no bairro ser reconhecida", completou a enfermeira Fernanda Helena Tonin, coordenadora da UBS de Ártemis.
ROSELICE BALTIERI
Nascida em Piracicaba, em 23 de março de 1982, Roselice Baltieri morreu com apenas 24 anos, em 19 de fevereiro de 2007. Era filha de Dirceu Aparecido Baltieri e Maria Gracinda Vitti Baltieri.
Catequista da comunidade de São João Batista, em Ártemis, a jovem gostava de trabalhar com crianças e, segundo o texto do projeto de lei 265/2011, "se destacava em tudo o que fazia, pois fazia com muito amor e dedicação". "Roselice era uma menina alegre e humilde, sempre disposta a ajudar. Participava como voluntária dos eventos beneficentes da igreja e da escola de Ártemis e de Santana", ressalta o documento.
A jovem estava cursando o último ano de Enfermagem na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e iria se formar em dezembro de 2007. Na área de saúde, trabalhou na maternidade e UTI neonatal do Hospital dos Fornecedores de Cana, entre 2001 e 2007, e no atendimento de emergência do Hospital Unimed de Piracicaba, entre 2002 e 2004.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTOS: Davi Negri / MTB 20.499