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05 DE MARÇO DE 2009

Crise financeira é discutida na 1ª Semana da Mulher


"Impactos da crise do capitalismo sobre o cotidiano das mulheres" foi o tema do debate no terceiro dia da 1ª Semana da Mulher, coordenada pelo vereador José Antônio (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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"Impactos da crise do capitalismo sobre o cotidiano das mulheres" foi o tema do debate no terceiro dia da 1ª Semana da Mulher, coordenada pelo vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), que teve como palestrantes a professora doutora Marilane Oliveira Teixeira, Unicamp; Angela Savian, representante do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região; professor Alexandre Motta, Academia de Gestão e Marinalda Garcia, Mestre em História Social pela USP e professora das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires.

A primeira a fazer uso da palavra foi a representante do Sindicato dos Bancários, que falou um pouco sobre a crise financeira e o papel da mulher, que são as mais prejudicadas, pois a mulher acaba tendo que administrar a casa, filhos, marido que entra em depressão por estar desempregado e muitas ainda partem para o emprego informal para ajudar nas despesas da casa.

Ela comenta também as mulheres são as primeiras a serem demitidas e as que permanecem no emprego em alguns casos são vitimas de assédio moral e sexual e por medo de perderam o emprego acabam sofrendo caladas.

A professora Marinalda Garcia, comentou sobre a questão da mulher negra, hoje 24% da população brasileira, tem o salário inferior e expectativa de vida menor que a mulher branca. Durante a exposição ela comentou que a mulher negra precisa recuperar a auto-estima e ser mais valorizada, acreditar, fazer a diferença e se superar sempre.

Marinalda, falou sobre a importância da Semana da Mulher, momento que deve ser usado para reflexão e comentou que os brasileiros não estão acostumados a se reunir para debater assuntos de seu interesse.

Já a professora doutora Marilane Teixeira, disse que muitos associam o dia 08 de março, como uma data comemorativa e poucos tem a sensibilidade de pensar em um semana de reflexão.

Para ela, a crise afeta o planeta e nossas vidas não são fenômenos isolados. Trata-se de uma crise global, gerada por um modelo de desenvolvimento, baseado na super exploração do trabalho e na especulação financeira. E o grande número de demissões causou um grande choque na sociedade, para ela a crise tem várias dimensões não é apenas econômica, ela é habitacional, ambiental e alimentar.

No ponto de vista do professor Alexandre Motta, a crise econômica trouxe consigo a crise de confiança, um sentimento coletivo de insegurança com relação ao futuro, gerando crenças ou expectativas de um acontecimento de natureza política ou econômica. Esse sentimento coletivo pode, por si mesmo, precipitar tal acontecimento ou, pelo menos, aumentar a probabilidade de que este venha ocorrer, como uma profecia auto-realizável.

 

 

Patrícia Sant Ana Amancio _MTb:24.154

Foto: Márcio Bissoli _MTb:48.321



Texto:  Patrícia Moraes Sant'Ana - MTB 24.154


Legislativo José Paiva

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