
21 DE MAIO DE 2013
A coordenadora estadual do Padef (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência), Marinalva Cruz, apontou a "falta de informação e conhecimento sobre o tema" como o ma (...)
A coordenadora estadual do Padef (Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência), Marinalva Cruz, apontou a "falta de informação e conhecimento sobre o tema" como o maior entrave para que empresas abram as portas para trabalhadores com deficiência. A técnica, ligada à Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho, falou sobre o assunto durante o expediente da reunião ordinária desta segunda-feira (20) ––o espaço foi aberto a pedido do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT).
Criado em 1995, o Padef tem como objetivo ajudar pessoas com deficiência a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho. Isso é feito por meio da inscrição dos candidatos no sistema on-line de intermediação de mão de obra, em cursos de qualificação profissional e em eventos que visem ampliar e garantir a inclusão no mercado. Em 18 anos de existência, mais de 12 mil pessoas com deficiência já conseguiram emprego graças ao programa do governo paulista.
Segundo Marinalva, "uma série de mitos e incertezas acaba dificultando todo o processo de empregabilidade de quem tem algum tipo de deficiência". "Muitas vezes, prendemo-nos à terminologia, enquanto deixamos de lado o cidadão com deficiência", refletiu a coordenadora estadual do Padef.
Marinalva explicou o funcionamento da Lei de Cotas, que obriga empresas com mais de 100 trabalhadores a contratar pessoas com deficiência. A porcentagem em relação ao quadro geral de funcionários varia de 2 por cento (para companhias com 100 a 200 empregados) a 5 por cento (para aquelas com mais de 1.000).
"Sabemos que a Lei de Cotas não é o ideal, mas é um mal necessário até que se mude a cultura da nação para que se vejam pessoas, e não deficiências, pois a pessoa com deficiência é produtiva como qualquer outra", disse Marinalva.
O secretário municipal de Trabalho e Renda, Sérgio Fortuoso, acompanhou a visita da coordenadora estadual do Padef à Câmara. Ele aproveitou para destacar programas desenvolvidos pela Prefeitura de Piracicaba ––alguns em parceria com os governos estadual e federal.
Fortuoso citou como exemplos como o "Time do Emprego", que prepara trabalhadores que estão fora do mercado, e o "Sou Capaz", que, feito em parceira com o Ministério do Trabalho e Emprego por meio da gerência regional, já está em sua terceira edição. "É um programa que vem crescendo na cidade", salientou. Fortuoso afirmou que é necessário levar conscientização às empresas. "Não contratem apenas pela Lei de Cotas, mas consigam ver o comprometimento desses profissionais", pediu.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946