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02 DE MARÇO DE 2009

Começa hoje ciclo de palestras sobre a mulher


Teve inicio na manhã desta segunda-feira (02/03) na Câmara de Vereadores de Piracicaba, a I Semana da Mulher, iniciativa do vereador José Antônio Fernandes Paiva (P (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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Teve inicio na manhã desta segunda-feira (02/03) na Câmara de Vereadores de Piracicaba, a I Semana da Mulher, iniciativa do vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), que tem como objetivo debater as questões ligadas ao cotidiano da mulher.

No primeiro dia do ciclo de palestras e debates, o assunto discutido foi a "Desigualdade de gênero, discriminação e violência contra as mulheres", tema que foi abordado pela assessora da liderança do PT na Assembleia Legislativa Tatau Godinho (PT), a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Piracicaba, Monalisa Fernandez Santos e pelo coordenador do Centro de Apoio e Solidariedade à Vida (CASVI), Anselmo Figueiredo.

Ao fazer uso da palavra Tatau fez um breve relato sobre o dia 08 de março e a importância da data na luta das mulheres por igualdade, frisou que o grau de violência ainda é muito grande e atinge mulheres de todas as idades.

A assessora falou que a sociedade não deveria mais aceitar brincadeiras que desvalorizam a mulher, e citou como exemplo diversas músicas, que fazem alusão a mulher de forma depreciativa.

Ela também comentou que muitos homens acham que tem poder sobre a vida da mulheres e que a maioria dos casos de assédio sexual se dão dentro do ambiente de trabalho.

Tatau Godinho, citou diversos casos de violência contra a mulher e disse que ela existe em todas as classes sociais, não é só na mais baixas como muitos pensam. Segundo ela, nas classes mais altas a mulher tem mais medo de denunciar o agressor, por questões financeiras e por medo da sociedade.

A delegada Monalisa Fernandez Santos, comentou que para as mulheres é difícil dar um basta nos atos de violência que são submetidas, muitas chegam a acreditar que são culpadas e sentem vergonha de denunciar o agressor que na maioria das vezes são os próprios maridos.

Ela comentou que ato acaba se tornando um ciclo vicioso e passa pelas fases da agressão em seguida da reconciliação, onde elas acabam acreditando que nunca mais serão vitimas de violência, mas volta a ser agredidas.

Segundo a delegada a violência causa danos permanentes na mulher, muitas não conseguem dar um basta na situação e sofrem por anos até terem coragem de denunciar seus agressores e confirmou o que foi dito pela deputada, que as mulheres de maior poder aquisitivo são as que menos denunciam.

De acordo com Monalisa, não estão sendo aplicados todos os dispositivos da Lei Maria Penha e comentou que em alguns casos os juizes estão decretando a prisão preventiva do agressor que não respeita a medida preventiva que os obriga a ficarem longe de suas vitimas.

Segundo a delegada o número de registros de queixas estão aumentando. Só em 2008 foram abertos cerca de 500 inquéritos, sendo mais de 300 de violência domestica. Um dado que deixou os presentes alarmados foi o número de queixas retiradas. Só no ano passado, 70 mulheres retiraram a queixa contra os agressores, 28 a mais que em 2007 e 67 que em 2006.

Para o Coordenador da CASVI, Anselmo Figueiredo, a questão é de concientização e educação. Ele questionou o fechamento do Centro de Referência da Mulher e cobrou a presença dos demais vereadores no ciclo de palestras e no debate.

 

 

 

Patrícia Sant Ana Amancio _ MTb:24.154

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Texto:  Patrícia Moraes Sant'Ana - MTB 24.154


Legislativo José Paiva

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