
28 DE SETEMBRO DE 2010
O vereador Carlos Cavalcante (PPS), na reunião ordinária de ontem (28), ocupou a Tribuna da Câmara, nos cinco minutos regimentais destinados a líderes partidários p (...)
O vereador Carlos Cavalcante (PPS), na reunião ordinária de ontem (28), ocupou a Tribuna da Câmara, nos cinco minutos regimentais destinados a líderes partidários para abordar sobre o teor de requerimento de sua autoria, aprovado em plenário, que também reforça requerimento do vereador Ary de Camargo Pedroso Júnior (PDT), na região da Vila Cristina, sobre a falta de médicos psiquiatras em Piracicaba. Cavalcante também falou da falta de segurança no entorno das unidades escolares, onde jovens e garotos estão sendo aliciados pelas drogas. Segundo Cavalcante, hoje não temos onde internar o doente mental, sendo que nos anos 90 foi fechado do Hospital Cesário Motta. Em aparte, o presidente da Câmara, José Aparecido Longatto (PSDB) falou sobre o a solvência da Associação Espirita Cesário Motta, onde o hospital foi leiloado a 950 mil reais, tendo um patrimônio de mais de 6 milhões de reais.
A consideração é que a situação atual da atenção à saúde mental no Estado de São Paulo é o reflexo de uma série de medidas tomadas ao longo das últimas décadas, tanto governamentais quanto da sociedade como um todo. Desde 1960, a Organização Panamericana de Saúde promoveu seminários, conferências e grupos de trabalhos, nos quais a questão da saúde mental na América Latina foi o tema principal, o que coincidiu com mudanças nas políticas públicas brasileiras voltadas a essa área, que foram se efetivando a partir da década de 80.
A saúde mental passou então a receber maior atenção e ocupar um lugar menos obscuro dentro das diretrizes gerais da saúde, abordagens comunitárias, treinamento técnico especializado e legislação em apoio aos pacientes com transtornos mentais são propostos. A evolução deste novo cenário é que a avaliação aqui descrita foi desenvolvida, como uma tentativa de mapeamento dos serviços do Estado e também com a perspectiva de monitoramento do sistema vigente, buscando salientar, grosso modo, aspectos gerais de seu funcionamento e suas principais dificuldades.
Cavalcante também considera que como substituto da assistência hospitalar, foi implantada uma rede ambulatorial, inicialmente baseada na inclusão de profissionais de saúde mental nos Centros de Saúde, seguidas pela criação de unidades especializadas com equipes multiprofissionais, os Ambulatórios de Saúde Mental e os CAPS mais recentemente.
Todas essas alterações vêm contribuir para uma atenção mais abrangente, na qual as chances de um resgate da subjetividade dos pacientes tornam-se maiores, uma vez que a inserção dos pacientes em suas comunidades de um modo mais efetivo possibilita a existência de projetos terapêuticos mais particularizados, melhores avaliações diagnósticas e conseqüentemente desfechos clínicos provavelmente mais satisfatórios.
Cavalcante considera que apesar das dificuldades apontadas, a atenção à saúde mental no Estado não está paralisada, existe um movimento, procurando objetivar ações que resultem em melhorias em relação à compreensão dos fenômenos presentes nos variados quadros psicopatológicos, assim como as possíveis intervenções capazes de dirimir seus reflexos e prejuízos. "Neste contexto cabe ser salientada a importância de avaliações continuadas dos serviços, sendo que esta aqui apresentada pode ser encarada como um primeiro passo neste sentido, tendo como um dos seus intuitos o estímulo para a criação desta prática em nosso meio, visando basear as ações de saúde mental em aspectos clínicos e epidemiológicos", disse.
A solicitação é que o Executivo responda qual o número de médicos psiquiátricos no Município. Quantos prestam serviços pela rede de Saúde Pública. Se o número de profissionais é suficiente ou se há falta. Se existe no município hospital especializado na área para atendimento a pacientes portadores de distúrbios mentais. E, no caso da necessidade de hospitalização qual o valor gasto pelo município para a manutenção destes pacientes em outros municípios. A indagação é se não seria mais econômico para o município e familiares custear o tratamento dentro do próprio domínio já que foi constatado que a proximidade do paciente com a família e comunidade traz melhorias satisfatórias. Além de requerer outras informações oportunas.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946