
13 DE MARÇO DE 2015
Com o tema "Construindo uma Mulher Saudável", Semana da Mulher contou com palestras de fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais e advogados
Mesa Diretiva dos trabalhos
A Câmara encerrou, ontem à noite (12), a 15ª edição da Semana da Mulher que este ano contou com o tema: “Construindo uma Mulher Saudável”. As atividades tiveram início na última segunda-feira (10) e foram organizadas pelo vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT), em conjunto com funcionários de seu gabinete. Alunos da ETEC (Escola técnica do Centro Paula Souza), unidade Centro, participaram do evento.
De participações na Tribuna Popular à promoção de palestras no salão nobre, os eventos tiveram o objetivo de fomentar os “debates” sobre políticas públicas às mulheres, explicou Paiva, na abertura das duas últimas palestras. Minutos antes, o advogado tributário Luciano Rodrigo Masson participou da Tribuna Popular, durante a reunião ordinária que ocorria no plenário, e explicou os direitos previdenciários da mulher, pensão por morte e direitos da viúva ou companheira.
A assistente social da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pós-graduada em gestão pública, Aparecida Miranda do Carmo Campos (Thida Campos) abordou as políticas de inclusão, valorização e saúde da mulher negra. Ela explicou que o Brasil conta com 50 milhões de mulheres negras, o que equivale às populações dos países da África do Sul e Coréia do Sul. Destacou, também, que a mulher negra ainda é vítima de racismo. “O Tiririca, que foi o deputado federal mais votado do país, fez uma letra de música totalmente racista. E o pior: as rádios tocam. A Rede Globo, em um de seus programas, desvaloriza a mulher negra, pois é o racismo institucionalizado”, definiu Thida.
A palestrante apresentou números: de cada 10 jovens que morrem no Brasil, nove são negros. “Que país é este? É preciso políticas focalizadas para as mulheres e, principalmente, à raça negra”, considerou.
A psicóloga e educadora social Cinthia Vilas Boas, segunda convidada da noite, foi na mesma linha da antecessora. “A gente consegue falar que sofreu racismo?”, perguntou, Cinthia, aos alunos. A profissional elencou a tristeza, o esgotamento, o isolamento e o desconforto emocional como revezes por que passa a mulher negra.
O vereador Paiva enalteceu os convidados e fez questão de frisar que os eventos serviram para ampliar e dividir os conhecimentos nas comunidades e escolas.
Ao final, a presidente do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais), Ângela Savian, leu uma carta de intenções.
A mesa diretiva dos trabalhos foi composta, também, pelo vice-presidente do Sindban (Sindicato dos Bancários de Piracicaba), Marcelo Abraão; Denise Nascimento, da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda; Carol Venturine, presidente da ONG Glitter; José Silvestre da Silva, presidente da Acripir (Associação dos Advogados Criminalistas de Piracicaba); Antônio Rodrigues dos Santos e Arnaldo Costa, professores da ETEC Centro.