
11 DE MARÇO DE 2015
A lei, que obrigada a execução do hino em eventos municipais, é do vereador Matheus Erler
O vereador Matheus Erler
Em cumprimento ao encaminhamento da I Conferência de Promoção e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Piracicaba, o Conselho da Comunidade Negra de Piracicaba (Conepir) apresentou, na tarde de hoje (11), o Hino à Negritude, cuja execução tornou-se obrigatória em eventos municipais, públicos ou privados, oficiais ou não, que envolverem comemorações à raça negra. A propositura é do vereador Matheus Erler (PSC), por meio da Lei Municipal nº 7.946/2014.
O lançamento oficial do CD aconteceu na Câmara, com a participação de membros do Conepir e dos vereadores Matheus Erler, Luiz Arruda (PV), Madalena (PSDB) e João Manoel dos Santos (PTB), esse representado por sua assessoria. De acordo com o coordenador político do Conepir, Adilson de Abreu, o CD é o resultado de um esforço conjunto da Prefeitura, que contou com o empenho do prefeito Gabriel Ferrato, por meio da Secretaria de Governo, do Centro de Comunicação Social e da Educativa FM.
Adilson, no seu discurso, destacou o papel do vereador Matheus Erler que, ao apresentar o projeto de lei, teve o apoio de toda Câmara. “Ao reeditar uma lei – comentou – e colocar em seu Artigo nº 1, a obrigatoriedade da execução do Hino à Negritude, a Câmara mostra que não teme lutar uma luta que é de todos, que afeta a todos e que diminui a todos, que é o combate à discriminação racial”.
O vereador Matheus Erler mostrou sua satisfação em poder participar do lançamento do CD, que traz, além do Hino à Negritude, os hinos Brasileiro, da Bandeira e de Piracicaba. O vereador elogiou o trabalho do Conepir, hoje referência na cidade, e colocou a Câmara à disposição para novas lutas. “A minha intenção, ao apresentar o projeto de lei, foi de reafirmar e ressaltar toda a contribuição dos negros ao nosso País. A execução do Hino à Negritude, nas principais solenidades públicas de Piracicaba, trará orgulho e nos lembrará a riqueza da diversidade da população brasileira, inclusive a piracicabana”.
Adney Araújo, presidente do Conepir, fez um balanço das atividades do Conselho, hoje com visibilidade em todo Estado, por seu trabalho junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Lembrou o presidente que muita coisa ainda precisa ser feita em busca da igualdade racial. “Mas, hoje, os negros de Piracicaba têm uma voz. Essa voz é o Conepir”.
Também se manifestaram no evento o Ogan Wilson e a doutora Marilda Soares. Os dois destacaram o momento histórico vivido em Piracicaba, fruto de anos de trabalho.