O vereador Bruno Prata (PSDB) destacou o volume de recursos destinados pela Prefeitura à saúde em Piracicaba. Segundo o parlamentar, o Executivo aplica no setor 27 por cento do Orçamento municipal, quando a Constituição determina como patamar mínimo 15 por cento. "Existem problemas? Existem, mas não é por falta de dinheiro. A saúde está muito ruim, mas em Piracicaba está muito boa. Precisa melhorar? Precisa, e vai melhorar", disse o vereador, ao usar a tribuna em reunião ordinária na noite desta segunda-feira (5).

Bruno Prata cobrou coerência de colegas que criticam a administração municipal por suas ações na saúde. "Temos que ser honestos quando falamos de bens públicos, temos que ser coerentes. Temos que falar a verdade e ter o juízo no lugar. Casos pontuais existem, mas a saúde de Piracicaba tem dinheiro, estrutura e planejamento. Antes, tínhamos um pronto-socorro para 320 mil pessoas; hoje, temos quatro para 360 mil. Melhorou ou piorou?", questionou o parlamentar.

Na tribuna, Bruno Prata leu trechos de artigo de Ruth de Aquino, publicado recentemente na revista semanal "Época". Nele, a articulista comenta frase da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo a qual "quem falar que resolve a saúde sem dinheiro é demagogo, mente para o povo".

"Dilma está certa. É urgente. Em lugares remotos do Brasil, hospitais públicos são mais centros de morte que de cura. Não é possível "fazer mágica" para melhorar a saúde, afirmou Dilma. Verdade. De onde virá a injeção de recursos? A presidente insinuou que vai cobrar de nós, pelo redivivo "imposto do cheque". Em vez de tirar a CPMF da tumba, sugiro criar a CCMEF: Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais", diz Ruth de Aquino em seu artigo. "Enfiar goela abaixo dos brasileiros mais um imposto, nem com anestesia", completou.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946