Os Departamentos Administrativo e de Documentação e de Comunicação Social da Câmara Municipal de Piracicaba apresentam a série "Achados do Arquivo", em matérias a serem publicadas semanalmente, sempre às sextas-feiras, com início no dia 17, no site oficial. O conteúdo abordará sobre assuntos curiosos, inusitados e relevantes encontrados em pesquisas e levantamentos do acervo do Setor de Gestão de Documentação e Arquivo. 

O presidente da Câmara, vereador Gilmar Rota (Cidadania), destaca a preocupação de a Casa de Leis manter o acervo histórico e de trabalhar não apenas pela sua preservação, como ainda para a divulgação do conteúdo à comunidade. "Desde que foi implantado na Câmara, o programa Parlamento Aberto desenvolve iniciativas para ampliar o diálogo com a sociedade", diz Gilmar Rotta.

Vários pontos já foram mapeados pelo Setor de Gestão de Documentação e Arquivo e, com a nova série, o objetivo é o de demonstrar o vínculo de Piracicaba, no passado, com acontecimentos de relevância nacional. Entre as curiosidades está o nascimento de Dom Pedro 2º, presente no livro de atas 1, de 26 de janeiro de 1826, que registra a abertura do ofício que trazia a feliz informação e os planejamentos para os festejos que seriam realizados em Piracicaba.

Dos assuntos que serão abordados pela série estão ainda a comoção popular na cidade por causa da morte da primeira esposa de Dom Pedro 1º, Maria Leopoldina de Áustria, e o processo de divisão das Câmara Municipais, no século 19. Das curiosidades, o setor listou a ordenação feita por vereadores para que a cidade fosse iluminada para comemorar o nascimento da filha de Dom Pedro 1º, Francisca de Bragança, e os avanços da Gripe Espanhola em Piracicaba, no ano de 1918.

A sugestão para a realização da série veio da arquivista Giovanna Fenili Calabria, chefe do Setor de Gestão de Documentação e Transparência, e foi apresentada à chefe do Departamento Administrativo e de Documentação, Milena Dionísio.

PROCESSO - Giovanna destaca o processo a que a Câmara Municipal de Piracicaba utiliza na execução dos trabalhos, na transcrição linha a linha, seguindo as Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos, que oferece diretrizes e convenções para a padronização das edições paleográficas.

Giovanna esclarece que na transcrição do documento a ortografia original foi mantida em sua íntegra, não sendo feita, portanto, nenhuma correção gramatical, onde optou-se por se desenvolver todas as abreviaturas, com acréscimos em grifo, os caudados foram transcritos como ss e s, as palavras que se apresentavam parcial ou totalmente ilegíveis, mas cujo sentido textual permitia a sua reconstituição, foram impressas entre colchetes, assim como as assinaturas em raso ou por extenso e rubricas foram transcritas em itálico. "A sigla Fl. representa a folha do livro, sendo o V a representação de verso e os números na lateral da transcrição fazem referência às linhas do documento original", observa a arquivista.