PIRACICABA, SÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2024
Aumentar tamanho da letra
Página inicial  /  Webmail

19 DE JANEIRO DE 2021

Kawai questiona uso de recursos públicos para tratamento precoce


Requerimento protocolado que aborda compra para tratamento precoce, procedimento desaconselhado pela comunidade científica



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução


A decisão do prefeito Luciano Almeida, anunciada na última semana, para compra e distribuição de medicamentos que compõem o chamado ‘kit-Covid’, suposto tratamento precoce contra a doença levou o vereador Pedro Kawai (PSDB) a protocolar um requerimento de informações, questionando sobre a comprovação científica e o embasamento jurídico adotado pela prefeitura.

O objetivo, segundo Kawai, é buscar o fundamento que levou o prefeito a para investir recursos do orçamento na compra de medicamentos considerados impróprios, segundo a comunidade científica, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para prevenir a manifestação da doença ou atenuar seus efeitos em pessoas infectadas. O vereador lembra que a doença já matou 440 pessoas em Piracicaba.

No requerimento, o vereador aponta que, na última sexta-feira (15), quando o prefeito anunciou a compra dos medicamentos, em uma audiência na Câmara de Vereadores, o médico e subsecretário municipal de Saúde, Augusto Muzilli Jr, afirmava que “não há tratamento precoce” para a Covid-19 e que “não existe comprovação científica” sobre o uso de medicamentos como a Ivermectina, Hidroxicloroqiuina e a Azitromicina, especificamente no combate ao novo Coronavírus. "Isso indica a divergência de opiniões entre o chefe do Executivo e sua equipe da saúde", ressalta Kawai.

Segundo Kawai, a Câmara tem o dever constitucional de fiscalizar o uso dos recursos públicos do município com quaisquer que sejam os bens ou serviços, por esta razão, ele pede que o prefeito apresente laudos que comprovem e justifiquem a compra de medicamentos do que se convencionou chamar de “tratamento precoce”, por quem defende o procedimento, mesmo contrariando a opinião médica. “Quem será o responsável por possíveis efeitos colaterais provocados nas pessoas, caso esse kit seja fornecido pela rede pública?”, questiona o parlamentar.

Pela Lei Orgânica do Município, o prefeito tem prazo de até 15 dias para apresentar resposta formal ao Requerimento de Informações, depois de aprovado em plenário. No entanto, Pedro Kawai também encaminhou ofício ao prefeito, dada a urgência e a relevância do tema.

 



Texto:  Assessoria parlamentar
Supervisão:  Valéria Rodrigues - MTB 23.343


Saúde Coronavírus Pedro Kawai

Notícias relacionadas