O vereador Josef Borges (Solidariedade) intermediou nesta quinta-feira (15) uma reunião entre representantes da comunidade tirolesa de Piracicaba e o secretário municipal de Trânsito e Transportes, José Vicente Caixeta Filho, para que ele conhecesse os problemas causados a Santana e Santa Olímpia com o fechamento do acesso da rodovia Hermínio Petrin (SP-308) a ambos os bairros.

Uma vicinal foi asfaltada pela concessionária Eixo SP para atender a população, mas o trecho não comporta caminhões, que desobedecem a sinalização e contribuem para a rápida degradação do pavimento, que foi recuperado recentemente. Outro problema é o de caminhões carregados com cana-de-açúcar, que podem começar a circular pelas ruas internas de Santana, que são estreitas e não têm capacidade para absorver veículos maiores.

Para Elza Pompermayer Stenico, presidente do Circolo Trentino di Santa Olímpia, Rudinei Stenico, presidente da Associação dos Moradores de Santa Olímpia, José Carlos Correr, presidente da Associação de Moradores de Santana, e Dirce Gobette Vitti, presidente do Circolo Trentino di Piracicaba, é necessária uma "intervenção urgente" nos dois pontos de passagem de grandes caminhões.

"Quando protestamos contra o fechamento, por causa da instalação do pedágio, percebemos que, além do acesso, seria necessário criar uma alternativa para os muitos caminhões que transportam a cana durante todo o período de safra", explicaram Elza e Dirce.

Os moradores comentaram que os caminhões ainda usam um acesso entre os canaviais (carreador), mas esse trecho precisa ser efetivado e não correr o risco de ser fechado, deixando como único acesso para o transporte da cana-de-açúcar da região as ruas de Santana. "Para manobrar nessas ruas, os treminhões não vão conseguir ou terão muito trabalho para passar no cruzamento", explicaram Rudinei e José Carlos.  

RISCO À SEGURANÇA - Josef Borges ressaltou que o aumento do volume de caminhões durante toda a safra coloca em risco a segurança dos moradores. Em relação ao desrespeito do uso da nova vicinal por caminhões que transportam diversos produtos, o vereador falou da necessidade de adotar uma forma eficiente para coibir esse desrespeito.

"Não é apenas pelo risco da deterioração mais rápida do pavimento, mas pelas pessoas que utilizam essa via vicinal e os estudantes. Com a volta das aulas presenciais, com mais segurança com a vacinação dos professores, o tráfego de vans escolares e de famílias que levam os filhos à escola da comunidade aumenta muito", destacou.

O secretário relatou que vai iniciar o teste de um radar que detecta a passagem de caminhões no trecho proibido da vicinal "o mais breve possível" e, dessa forma, verificar o volume de condutores que desrespeitam a sinalização. "Também vamos conversar com as empresas, para que orientem os motoristas a usarem o trecho de terra, e com a Raízen, para verificar essa rota alternativa para os caminhões que fazem o transporte da safra poderem escoar a produção sem passar pelas ruas do bairro, que não comportam esse tráfego de veículos pesados", disse.

Uma nova reunião também será agendada com os moradores e representantes das empresas. "O objetivo é conseguir uma solução para um problema causado e que não pode oferecer riscos aos moradores ou à população", finalizou Josef Borges.