PIRACICABA, QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2024
Aumentar tamanho da letra
Página inicial  /  Webmail

12 DE JANEIRO DE 2018

Vereadores acompanham posse de diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos


Importância histórica nas lutas dos trabalhadores foi destacada em cerimônia, em que Câmara foi representada por Pedro Kawai; vereador Lair Braga também participou



EM PIRACICABA (SP)  

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos
Salvar imagem em alta resolução

Ato aconteceu na manhã desta sexta-feira no bairro Dois Córregos - fotos: Mateus Medeiros/Sindicato dos Metalúrgicos



O Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região deu posse aos 30 diretores na manhã desta sexta-feira (12). Wagner da Silveira, o Juca, ocupa a presidência pelos próximos quatro anos. Para efetivar a sua gestão, a entidade teve a presença de Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). A cerimônia aconteceu em sua sede, no bairro Dois Córregos, e foi acompanhada ainda pelos vereadores Lair Braga (SD) e Pedro Kawai (PSDB), primeiro secretário da Câmara, que representou a Mesa Diretora da Casa de Leis.

A eleição da chapa encabeçada por Juca aconteceu em janeiro de 2017 e, após esse período, houve a transição, conforme prevê o estatuto da entidade, em que José Florêncio da Silva, o Bahia, ocupou a presidência em exercício e Juca estava como secretário-geral. Na atual gestão, Bahia exerce o cargo de 2º vice- presidente e a vice-presidência fica com José Luiz Ribeiro, atual secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, que atuou como presidente do Sindicato desde 1994. A diretoria é composta por 30 membros.

Filiado ao Sindicato desde 1990, quando conquistou o seu primeiro emprego em uma metalúrgica, Juca tem 45 anos. Para ele, a categoria deve se manter unida na defesa dos direitos dos trabalhadores e da cidadania, em especial diante das reformas promovidas pelo Governo Federal. “A nossa missão é lutar contra o que acontece hoje no Brasil. Sobre a Reforma Trabalhista, estamos iniciando uma conversa com o Simespi – sindicato patronal do setor – para que a gente possa se adequar. Já na Reforma da Previdência, vamos acompanhar os atos das centrais.”

Ao representar a Mesa Diretora da Câmara, o vereador Pedro Kawai reforçou a importância do Sindicato na conjuntura municipal. “Piracicaba é privilegiada nas parcerias. Temos a Acipi (Associação Comercial e Industrial) e o Simespi, por exemplo. E, no caso do Sindicato, todos sabem o quanto defende a categoria e faz um trabalho em consenso com as entidades, mas não é apenas isso: trabalha com toda a cidade, é parceiro de várias ações do poder público. É por isso que nos orgulhamos do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e desejamos que a nova diretoria continue seu trabalho árduo, em um momento difícil do país.”

Para o prefeito Barjas Negri (PSDB), o Sindicato pode ser considerado a maior força da categoria na região. “Fomos parceiros quando a economia esteve bem e somos parceiros quando a economia vai mal. O Sindicato sofreu muito nesse período de crise, especialmente entre 2014 e 2016, quando a cidade perdeu 10.400 empregos formais, sendo 8.400 na indústria, a maioria metalúrgicos. Mas foi o diálogo com o setor público e os empresários que permitiu essa travessia”, declarou Barjas, ao citar que a recuperação está a caminho. Como exemplo, ele citou os 1.700 empregos gerados pela indústria no acumulado até novembro do ano passado.   

O presidente do Simespi, Roberto Chama, disse que o Sindicato dos Metalúrgicos é conhecido pelas relações maduras com a cidade, em vários setores. “É uma entidade importante na defesa do trabalhador. As empresas têm passado por um momento difícil e junto ao sindicato temos chegado a uma harmonia. Independentemente de ser empresa ou funcionário, a gente torce para que o país siga sempre em frente”, destacou.

Miguel Torres disse que a crise afetou o movimento sindical de forma significativa e boa parte dos sindicatos terminou o ano com dificuldades financeiras. “É um momento difícil para toda a sociedade brasileira. O país está sem governo e, a cada dia que passa, é mais um atropelo”, disse ele, que criticou a desestatização da Petrobrás e classificou a abertura do mercado estrangeiro como um crime contra a indústria. “O governo está jogando contra o próprio patrimônio e deixando os brasileiros sem perspectivas para o futuro.”

Sobre as recentes crises envolvendo o presidente Michel Temer na escolha da ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, Torres lembrou que o país já teve, na gestão de Getúlio Vargas, a figura de João Goulart (Jango) como representante da Pasta em Brasília, além de outros nomes, como Francisco Dornelles e Dorothea Werneck. “Quando o Ministério do Trabalho nasce, na década de 30, sua função é a de ajudar a indústria e os trabalhadores a se adequarem a um código. Ele fez esse trabalho muito bem. Tivemos relevância. Mas hoje ele está acabando e diminuindo seu papel diante da sociedade brasileira.”

O Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e Região conta atualmente com 8.724 associados, entre ativos e aposentados. Bahia, que hoje também está como presidente da Associação dos Metalúrgicos Aposentados de Piracicaba, disse que a realidade brasileira será de dificuldades plenas a quem se aposentar no futuro. Como exemplo, Bahia citou o reajuste de apenas R$ 17 no salário-mínimo. “O que dá para fazer com isso?”, questionou. “Estamos perdendo até para a inflação. Mas não podemos desanimar e dependemos das parcerias, para que unifiquemos as lutas e forças.”



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Cidadania Pedro Kawai

Notícias relacionadas