09 DE MAIO DE 2016
Problema no bairro Campestre foi verificado pelo vereador João Manoel dos Santos (PTB) na tarde desta segunda-feira (9)
Fundada há 10 anos, a Hospedagem para Idosos “La Vitta”, clínica privada para atendimento de pessoas da terceira idade, se instalou há cerca de dois anos e meio em um terreno no bairro Campestre, com cerca de 2.700 metros quadrados. O que seria motivo de comemoração, devido à ampliação do espaço, tornou-se um grande problema, já que a vazão da água da chuva, resultado do sistema de captação de um loteamento próximo ao local, ameaça o prédio que atualmente recebe 20 moradores.
“Já foram colocados mais de oito caminhões de pedra para criar uma barricada e desviar a água que vem do terreno localizado acima e inunda a clínica”, explica Beatriz Silva de Campos Marques, funcionária pública e voluntária na La Vitta. Ela mostra na parede da cozinha as marcas do barro que acumulou no local nas últimas chuvas: é quase um metro de altura, que, além da insalubridade, também fez formar diversas rachaduras no prédio. “E alagou toda a cozinha, o que colocou idosos em risco”, conta.
O problema foi acompanhado pelo vereador João Manoel dos Santos (PTB) na tarde desta segunda-feira (9). “Precisamos cobrar da Prefeitura de Piracicaba a solução para esta situação, já que a rua onde está localizada a clínica é oficial e tem, inclusive, os postes de iluminação da CPFL”, destacou o parlamentar. Ele disse que encaminhará a situação à Administração para que sejam construídas manilhas de captação de água da chuva para desviar a vazão e direcioná-la a um riacho que tem ao lado do terreno.
Mônica Regina Buarque e Silva, sócia-proprietária da La Vitta, destaca que foi construído um dreno no meio da rua, custeado pela própria clínica, para tentar escoar a água, mas é insuficiente. “Na frente do terreno, temos uma área verde, onde passa um riacho, e ao lado existe uma área de preservação permanente (APP), onde devem ter sido canalizadas diversas nascentes, que agora precisam ser direcionadas ao riacho e evitar que a água caia diretamente sobre a estrutura da clínica.
Sonia Rosiris Rodrigues, a outra sócia-proprietária da La Vitta, lembra que o terreno tem escritura e a rua tem registro na Prefeitura. “Aqui está regularizado, mas precisa da atenção do poder público para evitar que soframos com a vazão da água pluvial”, disse ela, que também lembrou que outros investimentos, como a construção da sala de administrativo, foram cancelados, com receio de que seja levado pela água da chuva. “Fomos orientadas a não construir até que este problema seja resolvido”, conclui.