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20 DE MAIO DE 2015

Trevisan promove na terça solenidade pelos 50 anos do bairro São Dimas


Na cerimônia, com início às 19h30, no salão nobre, serão homenageadas personalidades de destaque do bairro.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 Salvar imagem em alta resolução

Solenidade no ano passado, na Câmara, homenageou personalidades do bairro



O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) promove na próxima terça-feira (26) reunião solene em comemoração ao "Dia do Aniversário do Bairro São Dimas" ––a data foi instituída na Câmara por iniciativa do parlamentar, autor do decreto legislativo 12/2013. Na cerimônia, com início às 19h30, no salão nobre, serão homenageadas personalidades de destaque do bairro, que neste mês completa 50 anos de existência.

O reconhecimento será prestado a moradores, comerciantes, entidades e empresas que contribuíram ou atualmente colaboram para o desenvolvimento do São Dimas. Trevisan ressalta que o bairro (cuja história pode ser lida aqui) conta com amplo comércio, escolas tradicionais, igrejas de diferentes denominações religiosas, o Celasdi (Centro Esportivo e de Lazer do São Dimas) e a Sobasdi (Sociedade Beneficente do São Dimas).

Serão homenageados na solenidade o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB); o ex-prefeito Barjas Negri; o ex-prefeito Luciano Guidotti (em memória); o empresário Dovílio Ometto (em memória); o secretário municipal de Obras, Arthur Ribeiro Neto; a Fealq (Fundação de Estudos Agrários "Luiz de Queiroz"); o Celasdi; a Sobasdi; a 4ª Companhia da Polícia Militar do Estado de São Paulo; o Colégio São Dimas; as escolas de educação infantil "A Sementinha" e "Reino da Alegria"; as empresas Raul Tintas, Varejão São Dimas e Açougue Santa Rita; os restaurantes Marrom Glacê e Multi Sabor; os fiéis Antônio Tranquilin e Valmari dos Santos Guiaro, da Paróquia Santa Cruz e São Dimas; o contador Paulo Sgarbiero; o engenheiro mecânico Dimas José Aude; o empresário Gilberto Trevisan; a comerciante Suely Frutuoso; os advogados Nathalia Dourado Corder Dante e Ediberto Diamantino; e o comerciante Euclides Cruz, um dos fundadores da Sobasdi e responsável, em 1965, pela coleta de assinaturas para a apresentação do projeto de lei que criou o bairro.

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RELATO DE TREVISAN SOBRE A HISTÓRIA DO SÃO DIMAS

"O bairro São Dimas possui um ótimo comércio (com restaurantes, mercearias e bares), escolas (como a "Prof. Mello Ayres", a "Prof. Honorato Faustino", o "Colégio São Dimas", o colégio "COC" e escolas de educação infantis, como a "Sementinha", a "Reino da Alegria", a "Tia Aninha" e a "Primeiros Tempos"), clínicas veterinárias, padarias, posto clínico, igrejas (de São Dimas, do Carmelo, do Evangelho Quadrangular, Batista, Presbiteriana e Madureira), centro de lazer e a Sobasdi.

No São Dimas também está instalado o Lar dos Velhinhos de Piracicaba, a primeira cidade geriátrica do Brasil, que ampara mais de 500 idosos no serviço de saúde pública e é comandada pelo professor Jairo Ribeiro de Matos e sua equipe, com serviços de ótima qualidade. No bairro, também estão localizados a Esalq (campus da USP, uma das melhores universidades do mundo), a Polícia Federal e a 4ª Companhia da Polícia Militar de Piracicaba.

O São Dimas possui quatro postos de gasolina, redes de comércio de roupas, pizzarias, açougues, farmácias, petshops, lojas de materiais de construção e materiais elétricos, entre outras atividades do comércio ou voltadas à saúde, como academia de ginástica e natação. O bairro comporta ainda um dos maiores e melhores clubes da cidade, o Clube de Campo de Piracicaba.

Assim, destaque-se a história do São Dimas, um dos melhores bairros para se viver em Piracicaba.

FAMÍLIAS TRADICIONAIS DO BAIRRO SÃO DIMAS:
Chiodi, Faria, Trevisan, Bombo, Barbosa, Cantiero, Napi, Duarte, Moraes, Jacob, Negri, Pizzinato, Favoretto, Piedade, Peresin, Furlan, Botene, Petrin, Dedini, Ometo, Vicente, Oliveira, Carnio, Boni, Maluf, Beluca, Marchiori, Costa, Lourenço, Tranquilin, Martins, Diehl, Cristofoletti, Moschini, Sanches, Romero, Uchoa, Veríssimo, Tabai, Strazzacapa, Davanzi, Perina, Alonso, Zenebra, Soares, Sgarbieiro, Picolli, Favarin, Toledo, Pancera, Carlos, Arthur, Leme, Gaiad, Pereira Leite, Pacheco, Zotelli, Antoniolli, Negreiros, Maiolo, Yeda, Lima, Siviero, Corder, Poppi, Aversa, Ferreira, Boni, Pereira, Delgado, Valsek, Mendes Barros, Benedito, Pozzoto, Fernandes, Leite, Poppin, Cruz, Alessi, Píton, Santos, Desuo, Nardim, Victonino, Bonassi, Basso, Camolessi, Corrêa, Boliani, Bovi, Storel, Brunelli, Forti, Munhoz, Ficher, Mattos, Henrique, Nozella, Motta, Gorga, Mengarelli, Agudo, Amalfi, Anjuleto, Carioca, Stocco, Medina, Clemente, Prezzuto, Pádua, Penteado, Copatto, Zaia, Itori, Bueno, Nuevo, Floriano, Garbim, Sbrauate, Avansi, Rubia, Frabregat, Gambaro, Paulino, entre outras.

HISTÓRIA
O bairro São Dimas começou a surgir em 21 de janeiro de 1929, quando a família Sbravati realizou a venda de sua atual área. A sociedade anônima Boyes construiu no local 104 casas, após surgirem outros loteamentos, tais como: Vila Souza, Vila Progresso (este realizado por Silvio Trevisan), Chácaras Carmelitas, Cidade Jardim, Jardim Europa e Lara.

Localizado na região norte de Piracicaba, o São Dimas foi criado oficialmente pela lei municipal 1.326, de 12 de maio de 1965, na gestão do prefeito Luciano Guidotti, com um total de 89 quarteirões e limitado pela avenida Bandeirantes, avenida Centenário até avenida Carlos Botelho e rua Saldanha Marinho.

Em 1941, foram construídas casas de vila, dando origem à Vila dos Operários, com a abertura de quatro ruas: Alfredo, Alberto, Arthur e Larga (essas denominações estão ligadas à família Boyes, que adquiriu a fábrica homônima e a rua Larga devido à sua dimensão). Foram construídas 26 casas em cada uma dessas quatro ruas, totalizando 104 moradias. Também existiam outras casas nessas mesmas imediações: na Vila Souza (que era um aglomerado de casas com início entre as avenidas Centenário e Torquato Leitão) e na Vila Progresso.

As casas que não foram ocupadas pelos funcionários da fábrica Boyes foram alugadas para os funcionários do Engenho Central. Em 1943, a fábrica Boyes entregou o terreno onde era o campo de futebol usado por seus funcionários para ser construído o Grupo Escolar "Honorato Faustino" (hoje Colégio "COC"), que teve como seu primeiro diretor Afionso Fioravanti.

Existiam dois times de futebol ––o do bairro e o dos funcionários da Boyes–– que depois foram transformados em um só: a Associação Atlética Vila Boyes (AAVB). E o local onde hoje funciona o Celasdi (Centro Esportivo e de Lazer do Bairro São Dimas) foi transformado em um campo de futebol para que essa equipe pudesse treinar. Mais tarde, o terreno foi cercado e foram construídas duas canchas de bocha com cobertura de sapê ––e nele aconteciam campeonatos de futebol reunindo outros times da cidade.

Tempos depois, a Vila Boyes começou a ganhar aspectos novos, transformando-se em um verdadeiro bairro, com abertura de novas ruas, instalações de serviço de água e esgoto etc. De 1957 a 1958, algumas ruas foram asfaltadas e foi construída a principal via de acesso entre a cidade e o bairro. Foi nessa época que a família Boyes doou à Ordem do Carmelo o terreno onde hoje está o Convento das Carmelitas.

Em 1959, a Vila Souza foi agregada à Vila Boyes, e o bairro recebeu o primeiro telefone automático. Já no início dos anos 60, a hoje Paróquia Santa Cruz e São Dimas passou a ser dirigida pelo monsenhor José Nardim, que teve a missão de construir uma igreja ampla, em substituição à acanhada capela até então existente.

SOBASDI
Em 11 de novembro de 1962, foi fundada a Sobasdi (Sociedade Beneficente do Bairro São Dimas), tendo João Alberto Fidélis como primeiro presidente da diretoria provisória. A reunião que deu origem à entidade contou com a participação de um grupo de sete moradores da Vila Progresso e da Vila Boyes e foi realizada na residência de Sebastião Baptista de Lima, na rua Ajudante Albano, 475, na Vila Progresso. A sociedade então criada tinha o objetivo de dar assistência aos moradores da região e promover atividades de cultura e recreação.

A primeira diretoria oficial da Sobasdi foi definida em março de 1963 e era composta por: Geraldo A. Berno (presidente); Roberto Mezzacappa (vice-presidente); Orlando Carnio (primeiro secretário); Jacob Moschine (segundo secretário); João Alberto Fidélis (terceiro secretário); Sebastião B. de Lima (primeiro tesoureiro); Olívio Pelegrinotte (segundo tesoureiro); Euclides Cruz (procurador); Claudio Santiago, Mariano Aguado e José dos Santos (conselheiros); e Rodolfo Manesco, Reinaldo Santiago, Rubens Alexandre, José Gobbo e Orlando Romani (da sindicância).

Por meio de rifas e da venda de votos para o concurso da Rainha de Santa Cruz, a diretoria conseguiu levantar fundos para a compra do terreno em que foi construído o pequeno barracão (onde hoje funciona a cozinha) que serviu como primeira sede da Sobasdi. A partir daí, tiveram início os trabalhos sociais da entidade, como a "Carência da Fome", que ajudava mais de 30 famílias, e a "Campanha de Alimentos".

Em 1965, foi criado o Ginásio Estadual "Professor Elias de Mello Ayres", no mesmo ano em que ocorreu a mudança de denominação de "Vila Boyes" para "São Dimas".

Ainda em 1965, ocorreu a inauguração oficial da Sobasdi, no dia 30 de maio, com a presença do prefeito Luciano Guidotti, que declarou: "Verifico, com satisfação, que hoje o povo pleiteia obras antes incompreendidas". Nessa mesma ocasião, moradores do São Dimas lhe entregaram, pelas mãos de Rubens Correa, várias reivindicações.

Ano de muitas conquistas e mudanças para o São Dimas, 1965 ainda ficaria marcado pela entrega, pela Prefeitura, de duas importantes obras de infraestrutura, em 16 de setembro: o asfalto em várias ruas do bairro e mais de 413 metros de rede de esgoto.

Já para a Sobasdi, o ano ficaria marcado pela realização do plantão de serviços sociais em conjunto com a Faculdade de Serviço Social (com o objetivo de atender os moradores do São Dimas) e pela promoção de um curso de educação popular para 19 pessoas e de outros cursos, como de culinária.

A Sobasdi prestava auxílios diversos à população, como consultas médicas e fornecimento de remédios, aparelhos e alimentos. O médicos Samuel Castro Neves e Eurico Alexandrino de Souza concediam 50 por cento de desconto nas consultas.

Em maio de 1966, o padre Ivo Vigárito assumiu a Paróquia Santa Cruz e São Dimas, e a Sobasdi deu início aos seus grandes bailes, que eram realizados na frente do pequeno barracão. O terreno era cercado de bambu e coberto por uma tenda de pano, confeccionada por Orlando Carnio. Por meio desses bailes, a diretoria conseguiu a verba necessária para terminar as obras da sede.

Em 1967, a Sobasdi recebeu um veículo Kombi, de serviço nacional, de material excedente do Governo do Estado de São Paulo, por iniciativa de João Alberto Fidélis. Ainda naquele ano, em 15 de setembro, o padre Ivo Vigorito, da Paróquia Santa Cruz e São Dimas, e Orlando Carnio visitaram o prefeito Luciano Guidotti, levando a ele novas reivindicações para o bairro.

Em razão do afastamento de Orlando Carnio, em 25 de junho de 1968, Francisco Sanches de Oliveira assumiu a presidência da Sobasdi por dois meses. Nesse mesmo ano, em razão do falecimento do prefeito Luciano Guidotti, Nélio Ferraz de Arruda tomou posse na Prefeitura. E, finalmente, em 25 de agosto de 1968, foi realizado o lançamento da pedra fundamental para a construção do salão de festas da Sobasdi.

Mas foi somente no dia 2 de março de 1969 que foi liberada a construção da nova sede da Sobasdi, por Francisco Sanches de Oliveira (administrador), Antonio José Abdala e Geraldo Rosseto (tesoureiros) e João Alberto Fidelis (membro). Em junho do mesmo ano, começaram as obras.

Em 11 de novembro de 1969, foi criado o posto de serviço social noturno, que tinha como objetivo atender todos os moradores do bairro durante a noite, para encaminhamento de transportes noturnos e encaminhamentos de pacientes a hospitais, maternidades, consultórios médicos, intermédio de telefonemas, chamados médicos ou pronto-socorro.

Em 14 de junho de 1969, a Sobasdi realizou sua primeira campanha do gênero alimentício, que teve a colaboração de Alberto Stazzacapra e Celso dos Santos, com suas caminhonetes, e da estagiária de Serviço Social Adalgizza Rocha, além de outros voluntários.

De 6 a 13 de dezembro de 1969, a Sobasdi promoveu o primeiro Salão de Belas Artes, em parceria com a Prefeitura, contando com a presença de autoridades como o secretário de Saúde e Formação Social, Pedro Roberto de Almeida Negri, e de José Helio Mesquita, chefe do gabinete do prefeito Cássio Paschoal Padovani. E em 29 de dezembro de 1969 ocorreu a inauguração oficial do prédio do salão da Sobasdi, que contou com ilustres presenças. O engenheiro Reinaldo Gatti foi o responsável pela construção.

Em 3 de fevereiro de 1975, Dorival Carnio assumiu a presidência da Sobasdi. No mesmo ano, aconteceu a celebração de convênio entre a Prefeitura e a Sobasdi para administrar o Celasdi (antes Centro Comunitário do São Dimas).

Em julho de 1975, foi realizada a festa do chopp da Sobasdi na Paróquia Santa Cruz e São Dimas. Em outubro do mesmo ano, teve início o curso de datilografia. No ano seguinte, foi criado o Clube das Mães da Sobasdi para ajudar o trabalho da diretoria.

Em fevereiro de 1977, Zeno Nunes Cunha assumiu a presidência da Sobasdi, ficando no cargo até janeiro de 1979. Em agosto de 1977, ele implantou os cursos de violão e culinária e, no mês seguinte, o departamento jovem da Sobasdi, que teve como coordenador o jovem Adílson Pompeo.

Em março de 1978, a Sobasdi nomeou membros da comunidade para administrar o Celasdi, com a primeira diretoria sendo composta por Antonio Angeoleto Filho, José Palmiere, José Maria Padovan, Aucides Cristofoletti, José Vicente Ruis, Milton Artur, Alceu Carioca, Silvio Fernandes e José Zototi. A Sobasdi administrou o Celasdi até 1980 (após está data, o centro passou a ser administrado pelo Codespor, da Prefeitura).

De fevereiro de 1979 a 1987, foi presidente da Sobasdi Orlando Carnio. Durante esse período, houve a realização de vários eventos e festas, bem como de bingos e jantares beneficentes. Em 21 de abril de 1979, a Sobasdi inaugurou o parque infantil do Celasdi.

Em junho de 1979, a Sobasdi promoveu um curso de pintura em gesso e de manicure e, em 1980, um curso de artesanato. No transcorrer dos anos, a Sobasdi realizou inúmeras atividades beneficentes, contando com muitos voluntários. Em 1980, ela deu início ao curso de datilografia para a comunidade.

A fase inativa da Sobasdi teve início em 1987 e permaneceu até novembro de 2004, tanto em relação a eleições de diretoria quanto em questões jurídicas.

Em 11 de novembro de 2004, em assembleia geral extraordinária, o presidente remanescente da entidade convocou uma assembleia geral para a reativação da Sobasdi e a eleição de uma nova diretoria, que passou a ser composta por Laércio Trevisan Júnior (presidente), Paulo de Moraes Junior (vice-presidente), Jorge Oliveira (primeiro-secretário), Domingo Ribeiro Campos (segundo-secretário), Miguel Luiz Baldessin (terceiro-secretário), Mario Sergio Rosa (primeiro-tesoureiro), Eduardo Palmiere (segundo-tesoureiro) e Paulo Veríssimo e Luiz P. Leite (conselheiros fiscais).

Em ato contínuo, a atual diretoria deu início à reestruturação da sociedade, organizando suas finanças pendentes e registros em cartório, Receita Federal, Prefeitura e bancos. Em seguida, reorganizou sua parte administrativa e operacional, realizando parcerias com o grupo da terceira idade do São Dimas, com a rede feminina de combate ao câncer e a implantação do curso de Yoga.

Na sequência, a diretoria se reuniu para tratar da reforma geral da Sobasdi, com parcerias com entidades e a Afesalq-USP para a administração do Celasdi. Em junho, foi reinaugurada a Sobasdi, que passou a contar com o apoio do Grupo Dedini, por meio de Dovilio Ometto, Tarcisio Marscarim e da Cerâmica LEF, como também do presidente da Afesalq, Laércio Trevisan Júnior.



Texto:  Assessoria parlamentar
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Câmara Laércio Trevisan Jr

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