O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) ocupou a tribuna da Câmara na reunião ordinária de ontem (19), por 10 minutos para abordar sobre o problema de saúde pública em Piracicaba. Além de mostrar que pacientes estão morrendo, a exemplo de um senhor que aguardou por seis dias por uma vaga hospitalar e acabou morrendo por falta de uma intervenção cirúrgica, angioplastia vascular, onde Piracicaba não é credenciada para a realização deste procedimento.

Trevisan Jr. também relatou o caso que vitimou Vitor Pexe, uma erisipele no pé, se agravando com inchaço do pulmão. "Não é possível uma cidade como Piracicaba não conseguir resolver situações como estas", desabafou o parlamentar, lembrando que esta pessoa estava dentro de um hospital, sendo que a Secretaria Municipal de Saúde deveria ter autorizado o procedimento cirúrgico para resolver o problema na perna dele.

Trevisan Jr. ainda elaborou reflexões sobre o funcionamento do Hospital Regional, no sentido de que hoje ninguém pode assegurar que este complexo vai mesmo funcionar este ano, para suprir a carência de vagas. Trevisan Jr. também alertou que 25 médicos cubanos, no último dia 12 deixaram de prestar serviços a Piracicaba, sendo que a pergunta a ser feita é quanto tempo já se sabia que o contrato com estes profissionais seriam vencidos. "Porque já não foram atrás para tentar renovar. Porque não teve uma articulação política", disse.

Segundo Trevisan Jr. Piracicaba está com unidades de UBSs desguarnecidas, a exemplo da unidade da região do São Jorge, que conta com um médico uma vez por semana. O parlamentar também indagou sobre o concurso público, aprovado no ano passado para contratação de médicos. Trevisan Jr. também observa que  na aprovação das contas municipais deste ano, há um aumento nas verbas do lixo e do esgoto, que implicou num montante inicial de R$ 7 milhões, sendo que hoje representa R$ 80 milhões, em valores mais do que se gasta com saúde.

Trevisan Jr. concluiu suas considerações abordando sobre a temática de segurança pública, em reflexões que passam pelas políticas de governos que não priorizam a educação como a base formadora da sociedade.