25 DE OUTUBRO DE 2019
Assunto foi abordado durante a palestra "Mudanças climáticas e as cidades: Por que tratar deste tema no âmbito municipal?", da Escola do Legislativo.
Palestra ocorreu na sala de aula da Escola do Legislativo
De acordo com o coordenador de políticas públicas do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), Marcelo de Medeiros, o Estado de São Paulo é o quinto maior emissor de gases-estufa no Brasil, condição que provoca mudanças climáticas, principalmente nas regiões litorâneas.
Durante a palestra "Mudanças climáticas e as cidades: Por que tratar deste tema no âmbito municipal?", que ocorreu na tarde desta quinta-feira (24), na sala de aula da Escola do Legislativo, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Marcelo explicou os efeitos das mudanças climáticas no meio ambiente e exibiu vídeos que apresentavam casos de acontecimentos causados por elas, entre os quais uma reportagem sobre como mudanças climáticas provocaram, em Santos (SP), o aumento da maré e a inundação da cidade.
"As pessoas falam muito que os impactos serão daqui a 50, 100 anos, mas foi comprovado que já ocorrem impactos muito severos no Brasil. É preciso dar um sinal de que todo mundo precisa se movimentar para acabar com esses problemas", disse o palestrante.
No âmbito global, Marcelo disse que a grande emissão de gases-estufa provoca a morte de animais, impactos na saúde do ser humano e a migração de pessoas. Segundo ele, em 2012, cerca de 31 milhões de indivíduos migraram em razão do clima.
O coordenador de políticas públicas do Imaflora explicou que a emissão em alta escala dos gases dióxido de carbono, metano e óxido nitroso provoca alterações na camada de ozônio, responsável por filtrar a radiação solar. Essas alterações, segundo Marcelo, promovem o aumento ou a diminuição drástica da temperatura.
O palestrante também abordou iniciativas globais criadas para diminuir os impactos das mudanças climáticas, como a elaboração do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas em 1988, a criação, pela ONU, da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, em 1992, e o Protocolo de Kyoto, em 1997. Outros marcos importantes foram as Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas realizadas em 2009 e 2015, esta geradora do Acordo de Paris.
No Acordo de Paris, 195 países concordaram com a realização de ações para a contenção do aumento da temperatura em até 2 graus Celsius em relação ao período pré-industrial, com a criação de ações de apoio dos países desenvolvidos aos subdesenvolvidos e com a revisão das metas a cada cinco anos. "O problema é global e a solução deve ser também", comentou Marcelo.
O coordenador de políticas públicas do Imaflora disse que, além das iniciativas globais, é importante que a população também coloque em prática ações para a diminuição do impacto nas condições climáticas, entre elas o uso de energias renováveis e a adesão maior a meios de transporte alternativos.
A vereadora Nancy Thame (PSDB), diretora da Escola do Legislativo, acompanhou toda a palestra e destacou a relevância de abordar a questão. "É importante entender o tema no âmbito global e quais ações da população geram impactos nas mudanças climáticas", disse.