O Dia Municipal da Lembrança, criado por meio do decreto legislativo 8/2011, de autoria do ex-vereador João Manoel dos Santos, é voltado para a lembrança das vítimas do holocausto, genocídio cometido pelos nazistas e seus adeptos que ceifou a vida de aproximadamente 6 milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial.

Neste ano, por meio do requerimento 1/2017, de autoria do vereador André Bandeira (PSDB), a solenidade aconteceu na noite desta quarta-feira (26) no Teatro da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e contou com a presença de alunos dos mais variados cursos.

A reunião foi presidida por Bandeira e teve a participação do presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Ricardo Berkiensztat, do presidente da Comunidade Israelita de Piracicaba, Marcelo Rosenthal, e do presidente da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba), João Manoel dos Santos, que representou o Executivo.

O grande momento da solenidade foi o acendimento das velas, que, segundo a comunidade israelita, significa a luz que irradia, ou seja, o primeiro ato de Deus na criação do mundo, relembrando a vida ––tanto que, quando uma criança nasce, a primeira visão que é apresentada a ela é a luz. "Acendemos as velas em memória às vítimas do holocausto, uma maneira de dar vida a todos os inocentes que morreram", enfatizou Daniel Rosenthal, um dos organizadores do evento.

Participaram do acendimento das velas Marcelo Rosenthal (representando a comunidade judaica), André Bandeira (representando as pessoas com deficiência), Paulo Henrique Soares (representando a comunidade LGBT), João Manoel dos Santos (representando a comunidade negra), Willian Bueno (representado a maçonaria), Laurisa Cortellazi (representando os testemunhas de Jeová) e o pastor Saulo Stratico Jardim (representando a comunidade protestante).

O evento ainda contou com a emocionante explanação de Thomas Venetianer, sobrevivente do holocausto. "Eu sou um milagre, a minha família é um milagre, pois conseguimos sobreviver às atrocidades cometidas pelos alemães", disse.

Thomas relatou para o público presente um resumo de sua história de vida e os bastidores dos campos de concentração, até a libertação dos judeus pelos russos após a rendição dos alemães, em maio de 1945.

Depois da palestra, Bandeira entregou certificado de reconhecimento da Câmara a Thomas e também à Federação Israelita do Estado de São Paulo.

"Cada vez que participo desta solenidade, me emociono demais. Temos que relembrar todos os anos esse acontecimento, para que nunca mais aconteça na humanidade", disse Bandeira.