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17 DE NOVEMBRO DE 2017

Sindicalista avalia impactos da reforma trabalhista


O sindicalista ocupou a tribuna popular, na reunião ordinária desta quinta-feira (16) para comentar sobre parte dos desdobramentos destas medidas do governo federal.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Paiva avalia impactos da reforma trabalhista






O presidente do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, o ex-vereador José Antonio Fernandes Paiva ocupou a tribuna popular da Câmara, na 67ª reunião ordinária de ontem (16) para falar da reforma trabalhista e seus impactos perante a classe laboral do país.

O sindicalista enfatizou o posicionamento do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) frente à reforma trabalhista, na verificação de que este processo em curso detona as relações trabalhistas e, que o assunto requer ampla discussão com a sociedade, o que demanda a busca pelo entendimento incansável entre as partes. "Sãos os próprios trabalhadores que melhor conhecem sua realidade", defendeu o sindicalista, mostrando que importantes entidades em Piracicaba, a exemplo dos metalúrgicos, comerciários e trabalhadores ligados ao setor de papel e papelão fecharam acordos no limiar das novas medidas, que só vieram para retirar direitos.

Segundo Paiva, os efeitos na remuneração dos trabalhadores vai gerar menos arrecadação, o que implica em menos atuação do comércio, menos emprego e geração econômica, havendo uma relação dilacerada de direito. Paiva também discorreu sobre algumas modalidades de trabalho, a exemplo do intermitente, mediante contrato, quando o trabalhador só recebe quando é chamado, sendo que pagará para este dia de trabalho caso não possa assumir este compromisso, com resultado em perdas de direitos, como as férias.

Paiva também citou que o próprio governo está criando um equívoco, o que implica na não aposentadoria do trabalhador, mediante estas novas regras. "Foi feito um golpe. Os bons patrões não aceitarão isso. Muito cuidado com os pseudos advogados. O principal é que o negociado prevaleça sobre o legislado, o que implica em discussão", citou o sindicalista.

"A melhor saída é negociar. Não há ninguém que entenda melhor do casal do que os dois, assim, devemos privilegiar os patrões e funcionários. Preservação é obrigação nossa, dos dirigentes sindicais. Cautela é a palavra de Ordem", reiterou o sindicalista, que também lembrou que até entidades de classe, como a Associação Nacional dos Advogados, já disserarm que há pontos que não podem ser cumpridos na reforma trabalhista.

Paiva também citou o exempo do Sindicato dos Bancários, que há muito tempo não recorre à justiça, destacando o diálogo e resistência como melhor forma na conquista de direitos trabalhistas. Paiva também se colocou à disposição daqueles que não tenham acesso à sindicatos para sanar dúvidas e procedimentos trabalhistas.

O vereador Osvaldo Airton Schiavolin, o Tozão (PSDB) solicitou Pela Ordem, após a fala de Paiva para registrar, como patrão, suas considerações a respeito da reforma trabalhista.



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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