24 DE JUNHO DE 2016
Participantes tiveram orientações dos perigos e como manusear corretamente o brinquedo preferido das crianças e jovens no período de férias
Crianças brincaram e aprenderam na manhã desta sexta-feira
A Câmara de Vereadores de Piracicaba encerrou a Semana Educativa Pipas sem Mortes com centenas de pipas colorindo o céu piracicabano.
O evento de encerramento ocorreu na manhã desta sexta-feira (24), no Parque da Rua do Porto João Herrmann Neto, e foi acompanhado por alunos das escolas municipais André Franco Montoro, do Residencial Santo Antônio, e José Pousa de Toledo, do Bosques do Lenheiros.
Na ocasião, os estudantes participaram de uma macroginástica e fizeram uma revoada deste brinquedo preferido nas férias escolares. “Com a aproximação das férias, preparamos nossas crianças para que possam utilizar as pipas como instrumento de lazer. Agradeço as duas escolas participantes, pois foi uma semana de grandes realizações. Embora não tivéssemos recursos para abranger escolas de todo o município, que era a nossa ideia, tivemos um saldo positivo neste 17º ano consecutivo”, afirmou o vereador João Manoel dos Santos (PTB), que deu continuidade ao projeto instituído em 1999, pelo ex-vereador e atual diretor do Departamento de Cerimonial, Ademar do Carmo Luciano Junior.
AÇÃO -- Durante a semana, os estudantes tiveram informações e orientações com representantes do Corpo de Bombeiros e CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), ambos apoiadores do evento, sobre a utilização correta com as pipas e o real perigo que elas podem causar. Segundo o Departamento de Cerimonial da Câmara de Vereadores foram contabilizados 190 participantes ao longo da semana.
Um dos assuntos bem discutido durante as apresentações e que chamou a atenção da pequena Agatha Gabrielle Alves, de 9 anos, aluna da Escola Municipal André Franco Montoro, foi sobre o uso e a venda proibida do cerol -- nome atribuído a uma mistura de cola com vidro moído -- conforme um projeto de lei municipal sancionado em 1998, pelo então prefeito Humberto de Campos. “Minha mãe quase morreu por causa dessa linha. Ela estava andando de moto, quando se enroscou na linha e fez um pequeno corte no pescoço”, comentou Agatha.
Uma situação vivida pela colega de classe Yasmin de Lima, também de 9 anos, a fez lembrar do que aprendeu nas palestras. “Ontem (23) vi uns meninos na minha rua tentando pegar uma pipa enroscada no fio de energia, falei que aprendi na Câmara e que eles poderiam tomar choque, então eles foram embora”, disse a estudante. A coordenadora do mesmo colégio, Henriqueta Lucas, agradeceu o convite e comentou brevemente que o evento foi uma “ótima oportunidade aos alunos de se tornarem multiplicadores de informações”.
O vereador João Manoel também enalteceu a participação dos alunos durante a execução do projeto. “Os alunos participaramm de forma educada e ordeira. Chamou a atenção de todos os palestrantes, que ficaram encantados”, enalteceu o vereador.
A mesma opinião foi compartilhada por Alfredo Bergman, técnico em segurança da CPFL. “Todas as escolas foram muito participativas. Conhecimento é um valor que quanto mais se divide, mais ele cresce. Quanto mais eu reparto, mais eu ganho”, comentou. Ao longo dos dias, ele deu algumas dicas de como soltar pipa corretamente, segundo os “10 Mandamentos do Pipeiro”.
“Alerto que o usuário prefira pipa sem rabiola, não use papel metalizado na sua confecção, não as soltem próximo à rede elétrica. Se a pipa enroscar no fio elétrico deixe lá, não tente resgatá-la. Pode levar choque ou derrubar o fio no chão e machucar alguém”, alertou Bergman.
BAIRROS MAIS AFETADOS – A pedido da reportagem, Bergman informou que o Bosque dos Lenheiros e as regiões da Paulista e de Santa Terezinha foram as que possuem maior índice de interrupções de energia elétrica devido ao enrosco de pipas nos fios elétricos, neste ano. Segundo ele, nos últimos seis meses foram 11.642 residências afetadas com o corte de energia elétrica.