18 DE SETEMBRO DE 2014
Parlamentar questionou a falta de comprometimento da Prefeitura, e da Via Ágil, em colocar mais ônibus para a região do Novo Horizonte
Paulo Campos está descontente com a Secretaria Municipal de Trânsito
Em tom de desabafo, o vereador Paulo Campos (PROS) fez duras críticas ao sistema de transporte público de Piracicaba, hoje pela manhã (18), durante entrevista à TV Câmara e ao Departamento de Comunicação, órgãos de imprensa do Legislativo.
De acordo com o parlamentar, houve uma audiência pública na Câmara de Vereadores na data de 21 de julho, desse ano, em que a Via Ágil, concessionária do transporte público da cidade, se comprometeu em realizar um estudo para ofertar mais ônibus à região do Novo Horizonte. “A Via Ágil pediu 30 dias para dar a resposta sobre os nossos pedidos, por meio de um grupo de estudo, porém, até agora, nada”, disse Campos. “Hoje o transporte coletivo não é mais fiscalizado pelo poder público e, sim, pela iniciativa privada, que não responde aos meus questionamentos”.
Requerimento rejeitado- O vereador comentou, também, sobre o requerimento de nº 827/2014, rejeitado no plenário, que solicitava informações da Prefeitura sobre as respostas “prometidas” pela Via Ágil durante a audiência pública de julho. “Eu não quero acreditar que seja perseguição, que estão (Executivo) levando para o lado pessoal, pois, se for isso, eu também vou tratar o assunto como pessoal. Eu não sou idiota”, afirmou Campos, revoltado. “Me parece que os pedidos encaminhados à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes não estão sendo atendidos. O Getúlio (Semuttran) havia dito que seria possível algumas alterações viárias nas proximidades da escola Elisabeth Consolmagno. Agora, a resposta dele é que não tem mais previsão”.
O documento, a que se refere o vereador, solicitava explicações do Executivo sobre “quanto tempo, mais além dos 30 dias, que venceram dia 21 de agosto deste ano, seria necessário para a elucidação dos problemas expostos”, sobre a região do bairro Novo Horizonte.
Paulo Campos disse que percorreu os terminais de ônibus da cidade e constatou as deficiências após conversar com várias pessoas, usuárias do transporte coletivo. “Por exemplo, os moradores do Novo Horizonte, e alguns bairros próximos, têm de se deslocar até a Pauliceia (Terminal) para posteriormente embarcarem em outro ônibus com sentido ao Centro da Cidade, o que demanda tempo”, explicou. “Queremos uma resposta dessa empresa, que inclusive, não informa o valor repassado à Prefeitura, e nem o Executivo fala sobre o quanto arrecada da Via Ágil”, salientou.
Na entrevista, o vereador comentou que “antes da entrada da Via Ágil, a concessionária do transporte era fiscalizada pelo poder público. Agora é pela própria empresa, ou seja, ela fiscaliza a si própria sem a participação do governo; pelo menos foi isso que eu entendi”.
Paulo Campos finalizou dizendo que continuará o seu trabalho para um melhor transporte público na cidade, “se for necessário até o ingresso de uma ação no Ministério Público questionando o problema”.