Uma demora que vem afetando diretamente quem já tem de lidar com a dor da perda de pessoas próximas é alvo de questionamento do vereador Paulo Campos (PROS). No requerimento 757/2014, aprovado com urgência na reunião ordinária da última segunda-feira (25), o parlamentar cobra da Prefeitura uma explicação para a falta de médico legista trabalhando no Instituto Médico Legal da cidade entre 17h e 5h.

De acordo com Paulo Campos, a ausência de tal profissional nesse período faz com que os corpos que chegam até o IML do final da tarde até a madrugada só sejam liberados a partir das 8h do dia seguinte, o que, como assinala o vereador, "naturalmente gera, face a perda do ente querido, uma dor inestimável aos familiares, que têm de aguardar todo esse tempo, sem que se tenha uma resposta da autoridade competente".

Sem um médico legista trabalhando no IML entre 17h e 5h, o corpo fica retido porque, pela lei federal, é obrigatório que ele seja submetido ao exame necroscópico em caso de morte por acidente. No requerimento aprovado pela Câmara, Paulo Campos questiona o Executivo se o serviço de verificação de óbitos compete ao município ou ao Estado, quais medidas serão tomadas para pôr fim ao problema e quantos médicos fazem atualmente a verificação de óbitos no IML de Piracicaba (e a carga horária que cada um cumpre, diariamente).