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18 DE FEVEREIRO DE 2020

Palestra que aborda "sentido da vida" incentiva o autoconhecimento


"Construindo um significado para a vida" foi realizada na tarde desta terça-feira, no espaço da Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 (1 de 9) Salvar imagem em alta resolução

Marina falou da importância de preservar vivos a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e modo de agir sobre o mundo.

Marina falou da importância de preservar vivos a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e modo de agir sobre o mundo.
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Marina falou da importância de preservar vivos a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e modo de agir sobre o mundo.

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Marina falou da importância de preservar vivos a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e modo de agir sobre o mundo.

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Marina falou da importância de preservar vivos a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e modo de agir sobre o mundo.



Para a doutora em psicologia Marina Autuori, perceber, raciocinar e entender o que as emoções significam são comportamentos que levam ao autoconhecimento e à maturidade emocional. Durante a palestra "Construindo um significado para a vida", na tarde desta terça-feira (18), no espaço da Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba, ela falou da importância de preservar a criatividade e o sentido da vida para a qualidade das relações interpessoais e o modo de agir sobre o mundo.  

O sentido, de acordo com a psicóloga, é um termo utilizado para caracterizar o processo fisiológico de receber e reconhecer sensações e estímulos. “Basicamente, é a nossa capacidade de perceber o mundo à nossa volta”, explicou. Para fundamentar a reflexão sobre o sentido da vida, Marina citou as teorias do desenvolvimento do psicanalista Donald Woods Winnicott e as considerações feitas pelo neuropsiquiatra Viktor Frankl.

“Winnicott era um autor otimista. Ele dizia que somos a melhor versão de nós mesmos. Quando bebês, não percebemos que existe um mundo além de nós e, quando crescemos, isso não muda tanto. Nunca resolvemos essa questão. A nossa capacidade de sonhar é o que nos traz sentido para a vida”, afirmou.

Para a doutora em psicologia pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), amadurecer emocionalmente, contudo, não é exatamente uma tarefa fácil. “Desde o nascimento, o ser humano está envolvido com o problema da relação entre o que é objetivamente percebido e aquilo que é subjetivamente concebido. A vida é difícil em si mesma, a tarefa de amadurecer jamais se completa. Não importa o grau de maturidade que tenham alcançado, os seres humanos têm de ser e continuar sendo”, argumentou.

Segundo ela, o ser humano não pode ser determinado apenas pelas condições que lhe são impostas pela vida e que é preciso conhecer o sentido do sofrimento para poder transformá-lo. “O homem é um ser em busca de sentido para sua existência e para cada situação. Ele busca primeiramente uma razão para ser feliz e se realizar. A felicidade só aparece como consequência colateral do sentido”, explicou.

No entanto, para Marina, não é possível livrar-se das circunstâncias. “Não podemos mudar a situação, mas podemos mudar nossa atitude. Por isso, é importante o autoconhecimento na hora de posicionarmos ”, ponderou. Segundo ela, criar o exercício de refletir sobre a própria vida, não somente em datas que levam à reflexão, procurando avaliar situações de vários ângulos possíveis, é o que traz a garantia de uma vida plena.

A psicóloga orientou os participantes que desejam provocar uma mudança interna a mudarem de perspectiva. “É importante que a nossa felicidade não dependa de outras pessoas, mas sim de nós mesmos e isso podemos aprender. Temos uma plasticidade neuronal muito rápida associada ao interesse e à motivação”, explicou.

Ela defende que as emoções precisam ser sentidas e que o ser humano é, de maneira intrínseca, feito de sentimentos. “Não podemos ter medo de sentir. Quando aceitamos quem realmente somos, encontramos uma paz interior que não é sinônimo de ausência de sofrimento ou de conflito, mas de um sentimento que permanece apesar de tudo. Você poderá contar e recorrer a essa paz sempre que precisar e tudo bem ficar desesperado se a situação exigir, mas nada é superior à paz interior de poder ser você mesmo”, aconselhou.

A diretora da Escola do Legislativo, Nancy Thame (PSDB), disse que a Câmara tem o papel de conversar com a população e de estar mais próxima o possível. "A palestra 'Construíndo um significado para a vida' tem tudo a ver com a promoção de cidadania, enquanto nos fecharmos em reuniões de forma vertical não veremos mudança alguma", avaliou.



Texto:  Raquel Soares
Revisão:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Escola do Legislativo Nancy Thame

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