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21 DE FEVEREIRO DE 2020

Morador pede revisão no valor do IPTU e no zoneamento do Jardim Europa


Fábio Nobre Gil ocupou a Tribuna Popular durante a reunião ordinária desta quinta-feira.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 Salvar imagem em alta resolução

Fábio ocupou a Tribuna Popular durante a reunião ordinária desta quinta-feira






Fábio Nobre Gil ocupou a Tribuna Popular, durante a 6ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (20), para solicitar ao município a revisão do valor venal dos imóveis do Jardim Europa e a alteração do zoneamento do bairro para misto residencial/comercial. O morador também pede que um terreno de sua propriedade, na avenida Duque de Caxias, volte a ter autorização da Prefeitura para ser usado para o cultivo de horta.

Fábio classificou de "exorbitante" o valor do IPTU cobrado dos moradores do Jardim Europa e citou seu exemplo. "Na casa onde moro, com 440 metros quadrados, pago R$ 4.330 por ano, e no terreno, de 550 metros, R$ 7 mil." Ele disse que o terreno, à venda já há cinco anos, teve até 2016 abatimento de 50% do IPTU por causa da horta cultivada no local; porém, desde 2019, segundo ele, a Prefeitura deixou de conceder o desconto.

Para o orador, a "sobrevivência" do Jardim Europa depende de mudanças nas regras atualmente em vigor, já que, segundo Fábio, os imóveis "perderam glamour e valor que tinham no passado", quando a região era considerada "nobre".

"Como sabemos, hoje em dia a preferência da grande maioria das famílias é de morar em condomínios fechados, por conta da segurança e infraestrutura que oferecem, com verdadeiros clubes em suas premissas, o que é extremamente conveniente, seguro e prático ––e até mais econômico", disse Fábio.

"Com essa evolução, nossos imóveis, nesse outrora bairro nobre, perderam glamour e valor que tinham no passado, já um tanto distante. Somos do tempo em que nenhuma casa tinha muro, no máximo uma cerca de 1 metro de altura. A avenida Carlos Botelho não tinha nenhum prédio comercial ––e hoje não tem nenhum residencial", continuou.

As mudanças, na opinião de Fábio, fizeram os imóveis perderem "muito valor" e o Jardim Europa "não mais ser um bairro desejado". "Muitas casas estão vazias, semiabandonadas ou sem manutenção adequada, outras tornaram-se repúblicas estudantis. Temos uma decadência lenta e contínua do Jardim Europa já há muito tempo", lamentou.

"Assim", continuou, "pagamos um valor de IPTU altíssimo por conta de ainda hoje o Jardim Europa ser considerado um bairro nobre pela Prefeitura, que por sua vez atribuiu um valor venal além do real praticado. Insisto que esse valor venal e a classificação do bairro sejam revistos de maneira a pagarmos um valor justo de IPTU, que há anos está exorbitante."

"Hoje, para a sobrevivência do bairro, a única opção seria alterar o estatuto do loteamento, tornando-o misto residencial/comercial, com ressalvas a qualquer negócio funcionando depois das 20h, incluindo bares e restaurantes, mas, sim, escritórios e consultórios, como no bairro Cidade Jardim, onde os moradores convivem muito bem com os estabelecimentos comerciais", concluiu.

Ao final da fala de Fábio, o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) reforçou crítica que fez na reunião ordinária de segunda-feira (17), quando questionou o valor alto do IPTU pago por imóveis da região do São Dimas, a qual engloba o Jardim Europa. "Por que chegou a esse valor exorbitante? A administração do PSDB fez esse efeito achacador, que lesa a população daquela região", disse.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  TV Câmara


Tribuna Popular

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