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21 DE OUTUBRO DE 2019

Mesa-redonda estimula reflexão sobre hábitos de consumo


Evento foi realizado na última sexta-feira, na Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Leandro Trajano (1 de 11) Salvar imagem em alta resolução

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Paulo Eduardo Moruzzi Marques, professor da Esalq e mediador da mesa, explicou o conceito de circuito curto agroalimentar

Paulo Eduardo Moruzzi Marques, professor da Esalq e mediador da mesa, explicou o conceito de circuito curto agroalimentar
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Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Thayná Caroline Baldini Guedes falou das ações do Grupo de Comercialização Justa e Cultura Alimentar

Thayná Caroline Baldini Guedes falou das ações do Grupo de Comercialização Justa e Cultura Alimentar
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Álvaro Luz Alves Coutinho explicou o funcionamento da Rede Guandu, uma rede de pessoas que se organizam para ofertar e comprar alimentos de origem agrícola e artesanal

Álvaro Luz Alves Coutinho explicou o funcionamento da Rede Guandu, uma rede de pessoas que se organizam para ofertar e comprar alimentos de origem agrícola e artesanal
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Matheus Grolla Martins falou sobre o Grupo Terra

Matheus Grolla Martins falou sobre o Grupo Terra
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Paulo Eduardo Moruzzi Marques, professor da Esalq e mediador da mesa, explicou o conceito de circuito curto agroalimentar

Paulo Eduardo Moruzzi Marques, professor da Esalq e mediador da mesa, explicou o conceito de circuito curto agroalimentar
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Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Mesa redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato" foi promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba
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Matheus Grolla Martins falou sobre o Grupo Terra



"Se mudarmos nossos parâmetros de consumo para tentar enxergar melhor a pessoa que produz um pão do lado da nossa casa ou a que tem uma horta no nosso bairro, estaremos ajudando o próprio município a se desenvolver enquanto comunidade", afirmou Álvaro Luz Alves Coutinho, aluno do curso de gestão ambiental da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo), na última sexta-feira (18), durante a mesa-redonda "Circuitos conscientes: do solo ao prato", promovida pela Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Paulo Eduardo Moruzzi Marques, professor da Esalq e mediador do encontro, explicou o conceito de circuito curto agroalimentar, um modo de comercialização dos produtos agroalimentares que se efetua por venda direta do produtor ao consumidor ou por venda indireta por meio de um único intermediário.

"Esses circuitos estão sendo estudados desde o início da década, embora já tenham uma história antiga. As preocupações sobre as questões ambientais têm levado a um interesse crescente por métodos alternativos de comercialização dos alimentos", observou Marques, também coordenador das atividades desenvolvidas pelos grupos de extensão sociorrural da Esalq na área de abastecimento por circuitos curtos de comercialização de produtos provenientes da agricultura familiar regional.

Representante do Grupo Terra (Territorialidade Rural e Reforma Agrária), o graduando em gestão ambiental Matheus Grolla Martins apresentou aos participantes os processos envolvidos no sistema, como a implantação de organização de controle social e o planejamento produtivo.

O Grupo Terra, segundo Martins, visa contribuir com o desenvolvimento sustentável de assentamentos de reforma agrária do Estado de São Paulo e atua, principalmente, no assentamento Milton Santos, localizado entre os municípios de Cosmópolis, Paulínia e Americana. "O assentamento Milton Santos é o nosso 'laboratório'. Lá, desenvolvemos estudos e práticas que buscam fortalecer a agricultura familiar e a agroecológica, além de promovermos reflexão crítica a respeito da questão fundiária, de políticas públicas e da agroecologia."

De acordo com o estudante, o grupo é como se fosse uma enzima, capitalizando processos que já estão acontecendo nos assentamentos e potencializando projetos que já foram idealizados por eles. "Analisamos, por exemplo, as diferentes etapas da produção, como a sazonalidade, ou seja, o que tem em cada época, tanto no plantio como na colheita, a quantificação e os dados secundários e primários para entender cada espécie e saber quando e como plantar", explicou.

Thayná Caroline Baldini Guedes, aluna do curso de ciência dos alimentos da Esalq, representou o Grupo de Cajan (Comercialização Justa e Cultura Alimentar), que tem como objetivo desenvolver atividades de pesquisa e extensão nas temáticas da comercialização justa, de circuitos curtos de produção e consumo e de políticas públicas para a agricultura familiar.

O grupo comercializa cestas de produtos orgânicos e agroecológicos com o mínimo de intermediários possíveis. "Quando vamos aos supermercados não sabemos a origem do produto que consumimos ou como é sua produção. Os circuitos curtos são alternativas contra essa forma hegemônica de comercialização a longas distâncias que tem causado grande impacto ambiental, além de representar um estilo de vida mais empático, promovendo mudanças de hábito", argumentou Thayná.

Segundo ela, o grupo é o único intermediário entre o assentamento Milton Santos e a Esalq. "O pessoal do assentamento se reúne toda semana e conversa sobre quantas cestas foram pedidas por meio de formulário on-line. Depois disso, levamos essa informação para a cooperativa, que planeja e traz os produtos para a Esalq, de onde as cestas são distribuídas", completou.

A Rede Guandu foi representada por Álvaro Luz Alves Coutinho. Ele explicou que a rede é composta por pessoas que se organizam para ofertar e comprar alimentos de origem agrícola e artesanal em Piracicaba e região. "O intuito é encurtar a cadeia de consumo, por meio da venda direta, aproximando os consumidores dos produtores locais, promovendo o acesso a alimentos de excelente qualidade produzidos localmente e a garantia de um preço justo para o pequeno produtor", descreveu.

Para ele, está "mais do que na hora" de a população começar a pensar mais no ato político que é consumir. "Dormimos e nos alimentamos muito mal. Para cuidar melhor de nós mesmos e da nossa comunidade, temos que fazer o esforço de pensar em como estamos nos organizando para fazer coisas que são essenciais à vida", avaliou.

"Quando escolhemos comprar determinado produto ao invés de outro, estamos decidindo onde colocar nosso tempo e os nossos recursos. Todo dinheiro que você reaplica na sua comunidade volta para você de alguma forma. Incentivar o produtor local promove, além da sua valorização, melhora significativa da nossa saúde e, por consequência, do meio ambiente", salientou Coutinho.

Ao término do evento, os palestrantes receberam certificado de participação da assessora parlamentar Silvia Maria Morales, do gabinete da vereadora Nancy Thame (PSDB).



Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Escola do Legislativo

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