Na manhã desta sexta-feira (14), o vereador Pedro Kawai visitou o Crami (Centro Regional de Registro e Atenção aos Maus Tratos na Infância), para ajudar na divulgação dos projetos realizados pela entidade, preocupada em cuidar de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.

O Crami tem a função de executar a prevenção, programas, projetos e serviços de proteção social a crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade, seja de riscos pessoais ou sociais.

O serviço realizado pela entidade é o de Convivência e Fortalecimento de Vínculos na Proteção Básica. Trata-se de um acompanhamento psicológico às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Os recursos são provenientes do Fumdeca (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente).

Um dos projetos, feito em escolas, identificou 34 abusos de crianças e adolescentes do zero aos 18 anos. Os alunos se manifestaram por meio de atividades lúcidas e, para chegar até a entidade, a vítima passa por um processo para saber se haverá a necessidade do acompanhamento psicológico.

“A realidade é muito dura. É difícil diagnosticar. Muitas vezes as mães não acreditam”, disse o vereador Pedro Kawai. “A família que acredita faz com que a criança se sinta menos culpada e o sofrimento é menor. Já tivemos casos de adolescentes precisarem sair de casa”, relatou a coordenadora da entidade, Maria Hilma de Oliveira Ganzella.

O projeto tinha a capacidade de atender 60 demandas, mas foram atendidos 87 casos em 2018. Os integrantes da entidade relataram abusos feitos até com crianças autistas. “Os mais fragilizados são as vítimas”, disse o psicólogo Nivaldo Filho.

A intenção da organização social é transformar esse projeto em política-pública.

O serviço possui a parceria da Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), que ajuda no atendimento das crianças e adolescentes e indivíduos em situação de rua, além de um complemento de atendimento especializado para as famílias das vítimas e demais envolvidos nos casos. Outro apoio vem do Cram (Centro de Referência em Atendimento à Mulher), que atende as mulheres vítimas de violência.