Um dos principais defensores do legado histórico, cultural e patrimonial que envolve a Irmandade de São Benedito de Piracicaba, tendo como foco de resistência a Igreja de São Benedito, rua do Rosário, 801, centro de Piracicaba, José Mariano, nos seus 83 anos de vida, mais uma vez, ocupou a tribuna popular da Câmara, na 36ª reunião ordinária de ontem (17) para reiterar suas considerações sobre problemas relacionados à Igreja.

"Onde estão os negros de Piracicaba? São 5 mil e poucos negros jogados na praça Tibiriçá. A igreja está jogada no pangaré. Tanto a Diocese, quanto a prefeitura, não sabem o que fazer. Estou cansado de ficar falando. Vou brigar em São Paulo, porque aqui não está resolvendo mais nada", disse José Mariano.

José Mariano solicitou ao presidente da Câmara, Gilmar Rotta (MDB) reunião com as três entidades, mas até agora não obteve resposta. Disse que na próxima semana quer conversar sobre a questão. "Há quanto tempo estou aqui falando e não teve nada?", indagou.

José Mariano também citou conversa no passado, com o ex-presidente da Câmara, Gustavo Herrmann. E, finalizou suas considerações destacando que o Brasil inteiro deve para o povo negro, onde foram 131 anos de abolição. "Mas, ainda somos escravos", disse.

"Falei que iria citar os nomes, mas vou aguentar mais um pouquinho, em uma estância maior. Já falei com vários presidentes e dá na mesma", concluiu.