07 DE OUTUBRO DE 2015
Vereador André Bandeira reuniu representantes de entidades para conhecer software da Secretaria de Saúde
Objetivo é ter número mais próximo da realidade em Piracicaba
Ter um diagnóstico mais próximo da realidade quando o assunto é o número de deficientes em Piracicaba é um dos desafios do grupo de trabalho que tem se reunido desde o início do ano, por iniciativa do vereador André Bandeira (PSDB). A última atualização é de 2010, fornecida pelo Censo, e aponta a existência de 75.217 pessoas. Uma das portas de entrada para a atualização do sistema pode ser a Secretaria Municipal de Saúde, que está desenvolvendo um software para cadastro dos usuários da Atenção Básica. O programa foi apresentado em reunião na Câmara na tarde desta quarta-feira, 7, a integrantes de várias entidades, que apresentaram suas sugestões.
Além do vereador André Bandeira, o encontro contou com Wander Viana, coordenador do Comdef (Conselho Municipal de Proteção, Direitos e Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência); Ana Cristina Leite Ferraz Fiore, coordenadora do Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino – Região Piracicaba; Ademir Barbosa, presidente da Associação dos Ostomizados de Piracicaba; Priscila Gimenez, da Auma (Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Piracicaba); Denise Lourenço, supervisora pedagógica da Apaspi (Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Piracicaba); e Rosa Pompeu, sócia-proprietária da Inclus Assessoria.
Da secretaria de Saúde compareceram Maria Cristina Colonnese e o gerente de informática Carlos Alberto Garcia. Eles explicaram que o Ministério da Saúde solicitou no ano passado a atualização do cadastramento de todos os usuários da atenção básica. Desde então, o usuário recebe um novo cadastro, que inclui perguntas relacionadas à deficiência. O trabalho de recadastramento está sendo feito pelas unidades do PSF (Programa de Saúde da Família), com os agentes comunitários nas residências, e a prefeitura pretende ampliar a área de atuação no próximo ano. Além disso, o sistema para marcação de consultas, exames e especialidades também mapeia as necessidades das pessoas com deficiência. A intenção é que o sistema também possa identificar as mudanças de endereço, por exemplo, a cada vez que a pessoa utilizar a rede.
Os profissionais da Saúde demonstraram ainda como será o novo cadastro eletrônico e cada um dos integrantes das entidades pontuou as dúvidas, conforme suas áreas de atuação. A proposta é que o software contemple as sugestões sem gerar dificuldades de operação nas unidades de saúde do município ou dúvidas aos usuários no momento do preenchimento. Rosa Pompeu sugeriu que o cadastro incluia vários itens, em especial sobre os tipos de deficiência.
Para André Bandeira, a preocupação imediata é descobrir quantas são e onde estão as pessoas com deficiência na cidade, para, de posse dos dados, aprimorar o cadastro e as políticas públicas. “É fundamental termos em mente que essas coletas de dados serão norteadoras para várias ações”, disse.
Na próxima reunião do grupo, marcada para o dia 20, às 14h, os integrantes trarão novas sugestões a serem apresentadas à Secretaria de Saúde, também na sala de reuniões do prédio anexo da Câmara. No dia 15 de outubro, às 14h, ainda na Câmara, outro grupo discutirá a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e, no dia 30 de outubro, no mesmo horário, está programada a quinta reunião geral entre André Bandeira e os representantes das entidades.