"Existe vida após a cadeira de rodas", afirmou o vereador André Bandeira (PSDB) no início de sua palestra sobre acessibilidade, na noite desta terça-feira (22), na Etec "Fernando Febeliano da Costa". Aproximadamente 180 alunos dos cursos de Mecânica, Segurança do Trabalho e Eletrotécnica participaram do encontro e interagiram com o parlamentar.

A palestra foi aberta pelo diretor da instituição, Klauber José Marcelli, que expressou a importância e relevância do tema abordado por André Bandeira. Segundo Marcelli, a Etec conta com 1.500 alunos em diversos cursos técnicos, nas áreas industrial, administrativa, química e de segurança, entre outras.

André Bandeira abriu a palestra relatando a sua história de vida e o grave acidente automobilístico que sofreu em 1996, que o deixou em uma cadeira de rodas. "Eu não me considero preso em uma cadeira de rodas, pois consigo desempenhar meu trabalho todos os dias e continuo lutando para que os direitos das pessoas com deficiência ou necessidades especiais sejam respeitados", declarou.

Segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 23,9% da população do país. Na palestra aos alunos da Etec, André Bandeira apresentou alguns dados e fotos sobre acessibilidade e mobilidade urbana e projetos que seu mandato vem desenvolvendo na área.

Ele citou, por exemplo, uma iniciativa que chamou bastante atenção em Piracicaba. Em 2012, o gabinete do vereador promoveu, em dezembro (mês em que se comemora o Dia Mundial das Pessoas com Deficiência), uma campanha de conscientização na praça José Bonifácio por duas horas.

Na oportunidade, foram colocadas várias cadeiras de rodas nas vagas de estacionamento rotativo para passar à população como uma pessoa com deficiência ou um idoso se sentem quando a vaga reservada para eles estacionarem são ocupadas por alguém que não se encaixa nesse perfil.

O vereador terminou sua participação na palestra na Etec falando sobre a "Campanha dos Lacres", pela qual os lacres das latinhas de alumínio são recolhidos e colocados em uma garrafa pet para, então, serem trocados por cadeiras de rodas posteriormente doadas a entidades assistenciais do município.