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13 DE MARÇO DE 2015

Exame do cotonete passa a ser obrigatório em hospitais particulares


Proposta de Moschini e José Luiz obriga a realização do exame que detecta se está havendo a cultura da bactéria "Streptococcus agalactiae" no bebê em gestação.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Projeto de lei complementar de Moschini e José Luiz foi aprovado nesta quinta-feira



A realização do exame do cotonete, que detecta se está havendo a cultura da bactéria Streptococcus agalactiae no bebê em gestação, passará a ser obrigatória em hospitais e maternidades particulares de Piracicaba. O procedimento para checar a ocorrência ou não dessa infecção neonatal deverá ser feito entre a 35ª e a 37ª semanas de gestação.

O projeto de lei complementar 20/2014, de autoria dos vereadores Ronaldo Moschini (PPS) e José Luiz Ribeiro (SD, licenciado) e aprovado na reunião ordinária desta quinta-feira (12), segue agora para a sanção do prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), a quem caberá decidir se a norma também valerá para a rede pública municipal de saúde.

O texto da propositura institui o "Plano de prevenção da infecção neonatal por Streptococcus agalactiae", bactéria também chamada de Streptococcus do grupo B (EGB), a fim de facilitar e promover o acesso das gestantes às políticas públicas de prevenção, tratamento e combate ao mal.

A ideia, segundo Moschini e José Luiz, é tornar Piracicaba "modelo na orientação e prevenção ao Streptococcus do grupo B", já que a colonização materna por essa bactéria tem despertado "interesse mundial". "O Streptococcus agalatae tem grande importância médica nas infecções neonatais graves associadas com morbidade e mortalidade, além de também contribuir como causa de infecção na gestante, ocasionando complicações como corioamnionite, endometrite, infecção do trato urinário e de sítio cirúrgico", explicam os autores.

O principal fator de risco para o aparecimento precoce da doença é a colonização materna do trato gastrointestinal e geniturinário. A taxa de transmissão materno-fetal da bactéria é alta, e estima-se que 15% a 40% das grávidas apresentem o trato geniturinário e gastrointestinal colonizado pela bactéria, mas sem manifestações sintomáticas.

"Esse é o grande temor, porque, se não é reconhecido e combatido, o EGB pode contaminar o feto durante o trabalho de parto ou na ruptura prematura de membranas ovulares e levar à sepse neonatal. A infecção em neonatos é classificada de acordo com o tempo de aparecimento da doença, sendo que as precoces ocorrem nos sete primeiros dias de vida do bebê, e as tardias, depois da primeira semana até três meses", acrescentam Moschini e José Luiz.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo José Luiz Ronaldo Moschini

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