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29 DE MARÇO DE 2017

Entidades nacionais se posicionam contra a reforma da Previdência


CNBB, OAB, igrejas evangélicas e conselho de economistas se manifestaram



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 Salvar imagem em alta resolução


Entidades nacionais estão se mobilizando contra a reforma da Previdência Social, fato enaltecido pelo presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, vereador Matheus Erler (PTB). Ele acredita que somente uma ampla mobilização nacional será capaz de forçar o recuo da Câmara dos Deputados e do presidente da República Michel Temer (PMDB).

Erler tem percorrido a cidade para divulgar a campanha “Reforma da Previdência, Não”, lançada no último dia 17 pela Câmara com de diversos órgãos em Piracicaba. Para ele, o “termômetro das ruas” comprova o descontentamento da sociedade com a medida. "A sociedade finalmente acordou para o retrocesso", avaliou.

Como exemplo, o presidente cita o recente posicionamento da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil): “nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários. A justificativa da PEC 287 não faz referência a esses valores", disse a entidade, em nota.

Além do posicionamento da CNBB, o presidente da Câmara de Piracicaba elogia a postura dos presidentes e representantes das Igrejas Evangélicas Históricas do Brasil, que se pronunciaram esta semana: “o atual sistema previdenciário brasileiro cumpre fundamental papel redistributivo e realocativo de renda, sendo instrumento eficaz de combate à desigualdade social e de segurança alimentar a uma parcela significativa de brasileiros”, declararam eles, em nota, no último dia 25.

Também parceira da Câmara na campanha em Piracicaba, por meio da oitava subseção, a OAB nacional conquistou o apoio de 160 entidades, em carta aberta entregue aos congressistas no mês de março pedindo a suspensão da tramitação da PEC. Eles criticam a vedação ao acúmulo de aposentadoria e pensão por morte, as regras inalcançáveis para a aposentadoria dos trabalhadores expostos a agentes insalubres e o fim da aposentadoria especial aos professores.

Outra entidade contrária à reforma é o Conselho Federal de Economia (Cofecon), que defendeu a necessidade de uma agenda que possa garantir a ampliação da competitividade das empresas nacionais, dentro de um contexto de uma economia moderna, sem a regressão dos direitos dos trabalhadores, conquistados num processo progressista e democrático. “A Previdência Social começou a ser instituída no Brasil em 1923. É inadmissível que o governo busque, a toque de caixa, alterar de forma tão profunda um sistema que funciona no país há quase um século”, afirma o documento.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Reforma da Previdência Matheus Erler

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