Em ofício remetido ao presidente da Câmara, Matheus Erler (PTB), e lido por ele na 55ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (24), a presidente licenciada da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Bebel Noronha, lamentou a aprovação pela Casa, no último dia 17, de moção de repúdio à entidade.

A propositura, de autoria da vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), manifestou repúdio à inclusão, em assembleia da Apeoesp marcada para o próximo dia 21, de pauta contrária ao Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, da Polícia Militar) nas escolas.

Bebel considera que a Apeoesp foi "atacada de uma forma injusta", "sem ter tido o direito de expor a sua posição frente ao Proerd". Ela destaca que a entidade não se exime "de elaborar propostas de políticas públicas destinadas a erradicar problemas que advêm da violência cotidiana que existe também no ambiente escolar, inclusive no que se refere à presença das drogas no entorno e dentro das próprias unidades escolares".

"Portanto, imputar à presidente licenciada da Apeoesp, desde junho afastada da entidade, posição contrária a qualquer medida que venha a contribuir para mediar a questão das drogas e combater seu uso é inaceitável", sublinha Bebel, ao cobrar da Câmara a mesma manifestação de repúdio à Prefeitura, por não garantir creches e pré-escolas a crianças, e defender transparência na prestação de contas dos recursos repassados ao Proerd.